Navio do Panamá encalha em frente à cidade de Santarém

Navio encalhado na Ilha do Meio, em frente à cidade de Santarém
Navio encalhado na Ilha do Meio, em frente à cidade de Santarém

Em menos de quinze dias três acidentes envolvendo embarcações aconteceram na região oeste do Pará, em conseqüência da estiagem dos rios Tapajós e Amazonas, segundo a Marinha do Brasil. Entre eles, na noite de terça-feira, 10, um navio cargueiro, oriundo do Panamá, País da América Central, encalhou no rio Amazonas, em frente à Cidade de Santarém.
A Capitania Fluvial de Santarém informou que a embarcação carregada de trigo seguia em direção a Manaus e há grandes indícios dela ter ficado presa em um banco de areia. As causas do acidente estão sendo investigados por meio de Inquérito Administrativo.
Segundo a Capitania, não houve dano no navio, nem na tripulação. Na manhã desta quarta-feira, 11, uma equipe da Marinha do Brasil foi até o local, com o intuito de averiguar as causas do acidente. O laudo resultante do inquérito responderá se o navio encalhou por conta de falha dos equipamentos, por erro de manobra ou por um banco de areia que não estava na carta fluvial.
De acordo com o comandante da Capitania Fluvial de Santarém, capitão de fragata, Robson Oberdan, o encalhe de embarcações é comum neste período devido à vazante do rio. Na terça-feira, o nível do rio Tapajós mediu 1,30 metro. No dia 10 de novembro de 2014 a medição estava em 2,70 metro.
Outro acidente aconteceu por volta de 01h, de terça-feira, 10, na Comunidade de Parauá, no rio Tapajós, no Município de Belterra, onde o Barco/Motor Comandante Marinho naufragou com 40 passageiros a bordo. Durante o acidente, 39 passageiros foram resgatados com vida por uma embarcação do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM). Porém, ainda na manhã de terça-feira, familiares confirmaram a morte por afogamento do passageiro identificado por “Dete”. Ele foi velado na Comunidade de Miritituba, no município de Belterra, oeste do Pará.
Segundo testemunhas, no momento do naufrágio, Dete tentou ajudar o passageiro, conhecido por “Ney” a resgatar a bolsa da esposa dele Darzila, quando desapareceu nas águas do rio Tapajós.
Segundo a Capitania Fluvial de Santarém, o Barco/Motor Comandante Marinho que saiu de Santarém com destino a vilarejos e demais cidades do trecho até Itaituba, bateu em uma pedra e naufragou. A embarcação tinha capacidade para transportar aproximadamente 100 pessoas.
A Capitania Fluvial de Santarém enviou uma equipe ao local do acidente para fazer o levantamento das informações e fazer a perícia inicial. A Marinha abriu Inquérito Administrativo para investigar as causas do acidente.
No dia 27 de outubro, o Navio Mercante Nilos, oriundo de Malta, país da Europa, encalhou em um dos canais do rio Amazonas, na Ilha de Patacho, distante 55 quilômetros de Santarém. Segundo a Capitania Fluvial de Santarém, a seca que atinge o rio pode ter sido a causa do acidente.
A Marinha informou que o Navio Nilos carregado com milho do Estado do Mato Grosso, foi abastecido no Porto de Itacoatiara, no Amazonas e sairia do Brasil pelo Porto de Fazendinha, no Amapá, tendo como destino a Índia.
De acordo com o comandante da Delegacia Fluvial de Santarém, capitão de fragata Robson Oberdan, um Inquérito Administrativo foi instaurado para investigar as causas do acidente, onde a perícia vai apontar se além da seca, houve erro de manobra ou fala nos instrumentos do navio. O Inquérito deve ser concluído em 90 dias.
O capitão Robson disse, ainda, que não houve prejuízo a embarcação e nenhum tipo de poluição constatada, bem como não houve prejuízo financeiro ao Município. Uma empresa holandesa especializada no processo de salvatagem foi chamada para fazer o procedimento de resgate. No dia 07 deste mês, o Navio Nilos foi desencalhado.
Fonte: RG 15/O Impacto

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