Instalado Fórum de Educação do Campo, das Águas e da Floresta do Baixo Amazonas

Processo seletivo da Ufopa
Campus Amazônia, da Ufopa

Cerca de 300 participantes estiveram reunidos na última sesta sexta-feira, 19/08, em Santarém, para a instalação do Fórum de Educação do Campo, das Águas e da Floresta do Baixo Amazonas, no auditório do Campus Amazônia da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa). A coordenação foi do Fórum Paraense de Educação no Campo, com a participação do Ministério Público do Pará, e outras representações. Apresentações artísticas e de trabalhos do programa Escola da Terra fizeram parte da programação.

Na abertura o Ministério Público do Estado, representado pela promotora de justiça Lilian Braga, ressaltou a alegria de estar em evento dessa importância para a região do Baixo Amazonas. “Que o Fórum possa proporcionar uma discussão para que já a partir de hoje a gente consiga visualizar melhoras para todos os desafios que temos enfrentado”, disse a promotora de justiça. O Fórum terá a participação do MPPA, por meio do GT Agrário, e integra o Plano de Atuação das promotorias de justiça Agrária e de Direitos Constitucionais- Saúde e Educação.

A plenária foi presidida pelo professor Salomão Hage, coordenador do Fórum Paraense de Educação do Campo. Na mesa estavam representados a Universidade Federal do Oeste do Pará, Sindicato de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Santarém (STTR), Casas Familiares Rurais, Secretarias Municipais de Educação de Santarém e de Mojui dos Campos, 5ª Regional de Ensino- Seduc, Universidade Luterana do Brasil, Fase Amazônia, Comissão Pastoral da Terra e Fundo Dema.

O Fórum do Baixo Amazonas se integra ao Fórum Paraense de Educação do Campo (FPEC) e reúne movimentos sociais, organizações sindicais, entidades da sociedade civil, universidades e instituições governamentais. O objetivo é implementar e fortalecer políticas públicas e experiências de educação do campo e desenvolvimento rural com qualidade sócio-ambiental para todos os sujeitos do campo – agricultores familiares, extrativistas, pescadores artesanais, ribeirinhos, assentados e acampados da reforma agrária, trabalhadores rurais assalariados, quilombolas, caiçaras, povos da floresta, caboclos.

Para o professor Salomão Hage, a instalação e fortalecimento do Fórum Regional do Baixo Amazonas representa “a efetivação do controle social sobre as políticas educacionais, a fim de que elas sejam universalizadas e possam afirmar a diversidade sócio-cultural e territorial da Amazônia”. O professor ressalta que embora os direitos dos sujeitos do campo estejam assegurados, ainda não estão efetivados. “O direito, por exemplo, de todas as crianças e adolescentes estarem na escola, metas a serem alcançadas, programas específicos para as escolas do campo, e outros que ainda não chegam nas pequenas comunidades”, afirma.

Os componentes do programa Escola da Terra fizeram apresentações e troca de experiências na parte da manhã. Os trabalhos de conclusão dos 189 professores de Santarém e Mojui, capacitados no âmbito do programa, estavam expostos ao público. De acordo com a professora Celeste Farias, coordenadora pedagógica do polo Santarém, foram quase três anos de estudos que resultaram nas pesquisas ali apresentadas.

O programa Escola da Terra é nacional e tem por objetivo promover a melhoria das condições de acesso, permanência e aprendizagem dos estudantes do campo e quilombolas em suas comunidades.

Nas apresentações artísticas, um destaque foi o grupo Maculelê, apresentado por alunos da escola Nossa Senhora do Arapemã, da zona de várzea de Santarém. De Mojui dos Campos foram apresentadas paródias e a dança “Encanto do Boto”.

Fonte: RG 15/O Impacto

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