Agricultor denuncia sumiço de documentos no Fórum de Santarém

Antonio Orivan de Azevedo fez a denúncia e registrou BO na Polícia
Antonio Orivan de Azevedo fez a denúncia e registrou BO na Polícia

Uma série de denúncias de invasão de terras e de roubo de bens por uma quadrilha que atua em Santarém e outras cidades do Pará foi protocolada pelo agricultor Antonio Orivan de Azevedo nos órgão de segurança da cidade. Ele afirma que já teve um barco e um terreno localizado na área de várzea da região do Ituqui tomados por essa quadrilha, que é acusada de fazer vítimas nas cidades de Belém, Santarém, Altamira, Itaituba, Porto de Moz, Placas e Uruará. Em Santarém, eles são acusados de se apropriar de barcos e terrenos localizados principalmente na área de várzea.

Após recorrer à Justiça local para ter o seu terreno de volta, o agricultor afirma que a documentação do processo de Reintegração de Posse com Pedido de Liminar da planta da área denominada “Laguinho do Marajá” e “Baixão do Marajá”, localizada na Gleba Santana do Ituqui, desapareceu da Secretaria da 5ª Vara Civil da Comarca de Santarém.

“Esses processos surgiram quando eu comecei a perder os meus bens. Eles falsificaram documentos e reconheceram em Cartório sem que eu tenha assinado. Já fui em uma audiência onde o advogado deles me obrigou a assinar um papel. Eu assino, mas não sei ler, sou analfabeto”, revela seu Antonio.

Já os problemas da perda de bens teriam começado no ano 2000 quando um homem identificado por José de Sousa procurou a Capitania dos Portos de Santarém, onde registrou em seu nome a embarcação denominada “Fé em Deus”, de propriedade de seu Antonio. José de Sousa também teria se apropriado de um terreno de seu Antonio na localidade de “Baixão do Marajá”, no Ituqui.

Seu Antonio conta que somente no ano de 2006 descobriu quem tinha se apropriado de seu barco e, que procurou os órgãos de segurança de Santarém para ter a sua embarcação de volta e, para que José de Sousa pagasse pelo crime que cometeu. Porém, após registrar Boletim de Ocorrência na Delegacia de Santarém, o homem acusado de se apropriar do barco de seu Antonio foi preso na cidade, após a Comarca de Marabá ter determinado um mandado de prisão em seu nome.

Já a Ação Anulatória de Compra e Venda Com Dano, do barco “Fé em Deus”, que estava tramitando na Comarca de Santarém, seu Antônio afirma que a documentação também sumiu da Secretaria que cuida do caso. “O meu barco vale R$ 300 mil, e a papelada sumiu toda da Secretaria responsável pelo caso”, confirma.

Em relação à área invadida e apossada na comunidade de “Laguinho do Marajá”, por Jorge Augusto Mota Siqueira e Paulo Erick Sousa dos Santos, o agricultor Antonio de Azevedo revela que já procurou as autoridades para denunciar o caso. Antonio espera que a Comarca de Santarém faça justiça, para que ele possa ter seu terreno de volta e também o barco de sua propriedade “Fé em Deus”.

“No dia 19 deste mês teve uma audiência com a participação do Jorge Augusto. Há mais de 6 anos ele vem tentando tomar a minha área em Santana do Ituqui e, inclusive, já levou policiais lá”, denuncia o agricultor.

CÁRCERE PRIVADO: Antonio Orivan revela que a mando de Jorge Augusto Mota Siqueira alguns policiais foram até sua propriedade em Santana do Ituqui, onde lhe mantiveram em cárcere privado. Ele afirma que foi mantido em cativeiro por mais de 30 horas, algemado e incomunicável. “Os policiais me pediram R$ 20 mil, se não iam me matar com tiros de fuzil. Foram mais de 30 horas de negociação. Depois eles queriam me libertar no matagal e, eu não aceitei. Quando a comunidade se revoltou contra eles, ficaram com vergonha e me trouxeram pra cá. Na Delegacia, o delegado de plantão me liberou e abriu um processo contra eles”, afirma o agricultor.

OUTRO PROCESSO: Além do Inquérito Policial, Antonio de Azevedo destaca que há também um processo no Ministério Público Estadual (MPE), que está investigando a procedência tanto do latifundiário Jorge Augusto quanto dos policiais que foram em sua propriedade. “Caso eles sejam condenado vão perder a farda. A partir desses processos não houve mais perseguição de policiais dentro da minha área em Santana do Ituqui. Depois de tudo isso o Jorge Augusto continua invadindo a minha área e colocando gado dentro, inclusive, lá existem 30 reses dele”, denuncia.

Durante a audiência no Fórum, segundo Antonio Orivan, Jorge Augusto alegou que a área dele está a 40 minutos da sua propriedade, o que não procede. “A verdade, é que ele está juntamente com um engenheiro fazendo projeto de plantação de açaí e criação de peixes dentro da minha área. Ele já deu vários calotes no banco, sendo um de R$ 600 mil, um de R$ 550 mil e outro de R$ 350 mil, usando o nome falso de uma associação para poder receber esse dinheiro e deu R$ 60 mil para o engenheiro assinar esse projeto”, aponta.

Por: Manoel Cardoso

Um comentário em “Agricultor denuncia sumiço de documentos no Fórum de Santarém

  • 11 de março de 2015 em 16:03
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    em baraba para sera que noa tem processo sumidotambem

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