Casos de dengue deixa população de Santarém em alerta

Combate à epidemia de dengue
Combate à epidemia de dengue

O aumento nos casos de Dengue em Santarém e a aproximação do período chuvoso preocupam autoridades da área de saúde. De janeiro a outubro deste ano, Segundo a coordenação do Programa Estadual de Controle de Dengue,foram notificados 2.681 casos da doença, em Santarém.

Desse total, 864 casos foram confirmados. Um aumento de aproximadamente 80% se comparado ao mesmo período do ano passado.

O diretor de endemias da 9ª Regional da Sespa, João Portela, explica que vários fatores contribuíram para o aumento deste número. “Os fatores que contribuíram para essa elevação, primeiro foi a introdução do sorotipo 4, que é um sorotipo novo, que as pessoas não tinham anticorpos formados e muita gente pegou dengue por conta disso. Outro fator comum nos municípios da nossa região, das cidades mais urbanizadas, é a questão da insuficiência de água nas torneiras. O morador é obrigado a armazenar água e armazena de forma inadequada, não tampando. Outro fator  é a questão do lixo”, declarou.

Para a coordenação do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Santarém, os números podem ser maiores do que os apontados no boletim. “De janeiro até outubro, quando aconteceu a 44ª Semana Epidemiológica, tivemos 2.708 casos notificados e 864 confirmados. Tendo água e tendo algum objeto para acumular, o mosquito vai lá e desova e com dez dias ele já está voando e as fêmeas já estão procurando sangue. Estamos bastante preocupados em virtude desse problema da coleta de lixo. A cidade tem muito lixo”, alertou o coordenador do CCZ, João Alberto Coelho.

Ele ainda ressalta que três bairros estão dentro da zona que mais notifica casos da doença. “A cidade toda é dividida em oito extratos, que são bairros. O extrato 5 é composto pela Interventoria, pelo Diamantino e pelo Aeroporto Velho. E por incrível que pareça esse extrato 5 é um que nós não conseguimos nunca baixar esse índice de infestação predial, nunca passamos de médio. Sempre é alto ou médio, nunca chegamos ao baixo como os demais”, analisa.

FALTA DE CONSCIÊNCIA: Um dos motivos para o aumento do índice de infestação predial, segundo a coordenação do Centro de Controle de Zoonoses, é a falta de consciência da população, que não contribui e negligencia, deixando de zelar pela própria saúde.

João Alberto ressalta que sem a mobilização da sociedade é difícil para o CCZ controlar os focos do mosquito. Neste período de verão intenso, o órgão mantém-se vigilante, pois a doença não escolhe data para se manifestar. Agentes de endemia se concentram nos bairros que detêm os maiores índices de proliferação dos focos e também em Alter do Chão e comunidades do Planalto santareno.

João Alberto demonstra sua preocupação com a omissão dos moradores e diz que sem o apoio popular é difícil controlar a proliferação da doença no Município. Segundo os agentes de endemia do CCZ, a maior dificuldade do trabalho preventivo, principalmente nas comunidades com maior índice de infestação da dengue, é a falta de zelo das pessoas que se descuidam com a limpeza de seus terrenos. “Precisamos do apoio de todos, pois a dengue mata. O índice está bastante elevado e isso é preocupante”, disse o coordenador do CCZ.

 

Fonte: RG 15/O Impacto

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