ME AJUDA AÍ!

Esta é a frase mais comum que se ouve, atualmente, nos quatro cantos da cidade, quando da abordagem pelos candidatos ao pleito eleitoral no dia 05 de outubro, deste ano.

Eles não falam o português formal. É bem coloquial mesmo, juntamente com a batida no ombro. E o abraço. Alguns apertados quer seja o seu possível eleitor branco, preto (NEGRO ou afro descendente), mulato, ébrio, deficiente, sujo, até criança “borrada”. É muito sacrifício pelo ideal de “servir o povo da minha terra”. Dizem! Todos sorriem bastante. Não tem nenhum sisudo, ou sério, mesmo!

Todos são diferentes e oferecem a renovação, mas nem tanto. Falam, com a maior expansividade com quem nunca falavam antes como se fossem grandes e velhos amigos. Trazem os velhos vícios na forma de fazer política. Os santinhos, as caminhadas nas feiras, nos bairros e as promessas que não serão cumpridas. Os chavões manjados de alguns candidatos ao Legislativo deixam- nos a impressão de que serão do Executivo. Aí vem a preocupação apenas com a saúde, segurança, educação, os mais “batidos” e o resto? Um ou outro fala da escola de tempo integral, farta merenda escolar, creche, redução da maioridade penal, e outras benesses ao cidadão, principalmente, os que eles mais são solidários, os de baixa renda. E olhe só! Se tudo for feito, como dizem, em breve deve acabar com o programa Criança Esperança da rede de televisão Globo com o Unicef. Não precisa mais essa arrecadação milionária.

Os compromissos assumidos para votarem em A ou B não mudou nada. Acordos são feitos “na surdina”, para possíveis cumprimentos após a eleição. Não vi nada de novo nesta campanha. Algumas caras novas sem conteúdos, sem inspiração, sem criatividade em seus ditos “programa”.

Para continuar não faltam os paraquedistas, figuras sempre presentes, montam os “QGs”, aqui. Até mesmo aqueles que foram contra os anseios secular do povo do Baixo Amazonas, ou seja, contra os ideais do plebiscito pelo Estado do Tapajós. Há um que posa comendo charutinho, nas praias santarenas. É muita cara de pau! Ou não? Mas fazem a mesma política do suja praça, obstruem os passeios públicos (nossas calçadas), desrespeitando a Legislação Eleitoral. Então, caro eleitor, quem desrespeita a Legislação Eleitoral, será que não vai respeitar o povo?

É bom levar em consideração na sua escolha o nível intelectual, cultural e o compromisso para com a região Oeste do Pará, dos nossos futuros representantes, não escolha um qualquer, pois, para quem já teve Catete Pinheiro (Monte Alegre) no Senado. Sílvio Braga, Cléo Bernardo, Santino Sirotheau Correa, Rui Barata, Ubaldo Correa, Benedito Monteiro (Alenquer), Gabriel Guerreiro (Oriximiná), Paulo Roberto Matos, Hilário Coimbra, Haroldo Veloso, Lira Maia, além de pessoas que gostavam dessa região, como Epílogo de Campos e Gabriel Hermes, não pode dar seu voto a um aventureiro, a um” gigolô de voto”, ou de mandato qualquer. Nas urnas sufrague o seu voto, com o objetivo de ser tudo pela nossa região Oeste do Pará, pelo Estado do Tapajós, pela BR 163, pelo nosso Porto Hidroviário, para cargas e passageiros que vem por esse “rio que é minha rua”. Por um Aeroporto e rodoviária decentes e dignos do povo desta parte do Estado, por enquanto do Pará.

É o mínimo que se pode exigir de um comprometido representante do povo da região, além da melhoria no fornecimento da energia elétrica, (pondo fim aos apagões, diários em Santarém, por exemplo), no abastecimento de água, escolas recuperadas e em condições de receber os nossos alunos. A retomada das obras paradas. Alguém já falou sobre isso?

Aí lembrei-me da velha forma de fazer política pregando cartazes, no poste, indo, à noite, até com a escada na costa, o balde de cola feita de tapioca, a brocha e a cal para escrever o nome do candidato do partido ou coligação. Inclusive na casa dos adversários. Comício, animado, muitos fogos. E as torcidas organizada, estas ainda existem com as bandeirolas, no dia e na noite. Haja preparo físico! Quase tudo proibido pela lei eleitoral. Ainda faltou falar dos transportes no dia da eleição, pelo cabo eleitoral, dos almoços nos barracões de cada e das festas promovidas após os dias de apuração. Hoje não está mais barata a eleição. Está muito mais inflacionária, existem as doações e os diversos caixas, não só apenas o 2.

É preciso uma nova Lei Eleitoral. Quiçá na próxima eleição a boa vontade política tenha falado mais alto e já se tenha aprovado uma nova Lei Eleitoral, inclusive com o voto distrital, para não se votar mais em paraquedista.

Certos estão os versos do samba do saudoso Bezerra da Silva: ao referir-se aos políticos: “subiu o morro sem gravata, dizendo que gostava da raça, foi na venda bebeu cachaça até “bagulho” fumou, usou a lata de goiabada como prato, aí eu vi que era mais um candidato para a próxima eleição”. Enquanto isso, vá ouvindo o ME AJUDA AÍ! Dos pedintes de votos.

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Hoje no FLUMINENSE tem a Banda Stilus , uma promoção festiva do SINPROSAN.

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