UM PREITO DE SAUDADE!

Com o falecimento no dia 01.07.2015 do meu tio ENEAS FONSECA deixou-nos um dos últimos fundadores do FLUMINENSE ATLÉTICO CLUBE vivos, ficando, agora, somente o seu CLINEU ÁVILA, pai do nosso campeão internacional de caratê, o Professor PAULO ÁVILA.

O tio ENEAS, juntamente, com meu pai e o tio ELSON FONSECA, e mais a turma da bola que formavam o UNIÃO OPERÁRIA, por desentendimento político e até religiosos (havia algumas pessoas que queriam o União Operária para servir de ferramenta comunista no meio da juventude santarena da época). Então, os jovens católicos, com a liderança do meu saudoso pai Élvio Fonseca (meu pai era Mariano) saíram e formaram o Fluminense em 08 de outubro de 1947. Era um clube da aldeia, reuniam-se na casa dos meus avós paternos na Galdino Veloso, entre a 7 de setembro e Silva Jardim, depois reuniam-se na casa da “Dada” no mesmo perímetro e na Casa da, há poucos dias falecida, DONA LUA, até chegar a sede na Mendonça Furtado, daí porque o Fluminense era chamado de “Tricolor da Mendonça Furtado”, mais tarde chegar à sua sede própria na Av. Presidente Vargas – o Palácio Tricolor”- e o ser denominado, daí por diante como o “Tricolor da Presidente Vargas”.

Fiz este preâmbulo, para poder dizer que: “quando escrevi um texto há dois anos aqui, No O IMPACTO, intitulado “Dos cobras a cobra”, oportunidade em que o Corpo de Bombeiros (que por sinal, ontem dia 2 de julho, foi o seu dia. DIA DOS BOMBEIROS. Parabéns aos “soldados do fogo”, que estão atentos “para vidas e riquezas a salvar”) retiraram do hoje terreno baldio, e que outrora foi o estádio Elinaldo Barbosa, uma cobra, isto mesmo, uma cobra!. Então, no texto falava dos “cobras” dos futebol santareno, citei alguns nomes dos craques do passado e omiti o nome do tio ENÉAS. E por telefone conversamos dias após a publicação do texto. Ele me disse no outro lado da linha: “olha caboclo, eu também fui “cobra” naquele estádio. E disse-lhe que iria reparar a omissão. E o faço agora.

Sempre esteve ao lado do meu pai ÉLVIO FONSECA, no Fluminense. O meu pai era mais diplomata, ele era mais de chegada. Chegava junto. Foi atleta do plantel de futebol do Fluminense, na época do jogador saído das praias de Santarém, (quando Santarém tinha praia), não foi fabricado em Arena. Foi diretor do Fluminense, fez parte da Comissão da Construção da Sede própria do Fluminense, da Comissão que recebeu o Ministro Jarbas Passarinho, na época da educação e o Governador Fernando Guilhon (amigo de Santarém), para tratar da construção do estádio do Fluminense, o “Passarinhão”, hoje “Colosso do Tapajós”, lamentavelmente, no momento, não serve ao futebol amador de Santarém. Só para o “parazão” e a uma Igreja de um Vereador influente, nos corredores do poder paraense, onde fazem eventos de arrecadações milionárias.

Para oferecer uma melhor educação para os seus filhos teve que deixar Santarém, nos anos 70, aproveitando a chegada da Zona Franca de Manaus. Assim deixou a profissão de sapateiro e burocrata, para tornar-se “maitre de Hotel” até se aposentar, chegando até a ser “campeão Amazonense de Sinuca”, representando o bairro de São Jorge, onde morava. Vindo apenas uma vez nesse tempo todo, a Santarém, visitar a nossa avó já bem velhinha. E sempre que falava com ele: dizia-me: com aquela voz forte em tom de galhofa, encerrando com uma gargalhada: “segura lá o Fluminense, não deixa a peteca cair, caboclo”.

Despedimos, nesta oportunidade de um parente, já passado dos oitenta anos, amigo e um dos fundadores do Fluminense Atlético Clube de Santarém que muito contribuiu para o esporte e o lazer da juventude e um santareno que ajudou a construir esta cidade e não esquecia sua terra e suas origens. E aqui fica o nosso preito de reconhecimento e de saudade. Esperando que Deus o receba de braços abertos e dê agasalho em uma de suas muitas moradas. Descanse em Paz, meu tio Eneas!

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Hoje às dezenove horas, será a abertura do III Encontro da Associação dos Ex-alunos do Seminário São Pio X de Santarém, de 1962 a 2015, no Regente Hotel, na capital paraense, onde me encontro como aluno que fez parte da turma de 1968. Será um encontro e reencontro, (um já foi realizado em Santarém, outro em Manaus e agora em Belém, onde estão residindo maior número de ex-alunos), revivendo a amizade criada na casa de formação que moldou a nossa personalidade e caráter. Esperamos que o Divino Espírito Santo nos ilumine para que saiam boas idéias e idéias práticas, para ajudar a formação de novos padres, e apoiar os nossos ex-professores e orientadores, nas suas velhices. O encontro irá até domingo, que se encerrará com uma missa e um almoço de confraternização, contando com a presença do primeiro Reitor do Seminário, Frei Alexandre e outros padres que ali trabalharam. Até a volta! E um gostoso mês de julho, afinal de contas, é FÉRIAS!

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