Câmara de Santarém discute tarifa de energia elétrica

Segundo o vereador Silvio Amorim (PRTB), autor do requerimento que pediu a sessão Tribuna Livre desta terça-feira, 31/03, tudo está providenciado para a realização da reunião. Ele disse esperar que todos os convidados estejam presentes ou representados, como é o caso da ANNEL, ELETROBRÁS, CELPA, Associação Comercial e Empresarial de Santarém – ACES, Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Santarém, Federação das Organizações de Moradores Entidades Comunitárias de Santarém – FAMCOS; União de Entidades Comunitárias de Santarém –UNECOS, Prefeitura de Santarém e Ministérios Públicos Estadual e Federal
Silvio Amorim disse que além das altas taxas de cobrança no consumo da energia elétrica, ele quer uma solução para os impostos que são acrescentados nas contas, como é o caso do ICMS e uma compensação decente para a população, quando das instalações de hidrelétricas.
Ainda sobre o mesmo assunto, o jornalista Edmundo da Baia parabenizou o vereador Silvio Amorim pelo requerimento para discutir as elevadas tarifas de energia elétricas cobradas pela Celpa.
Para Baia a classe trabalhadora e os menos favorecidos são quem mais sofrem com essa política. “Por que o governo não atrai pra si esse aumento e assume pela população mais carente esses preços exorbitantes?”, questiona.
O jornalista também argumentou que o Pará por ser fornecedor de energia por meio das hidrelétricas de Tucuruí e agora a de Belo Monte bem que poderia ter a tarifa de energia reduzida, como compensação aos danos que serão causados ao meio ambiente.
O presidente da Associação de Moradores do Bairro Santa Clara, Antônio Amaral disse que a sessão desta terça-feira, 31/03, representa uma grande oportunidade para que a população esteja presente e se manifeste sobre o assunto. Disse também que o Pará é fornecedor de energia ao país e que a grande maioria de pessoas carentes deveriam ser poupadas dos valores cobrados bem acima do que podem suportar.
O morador do bairro da Matinha, Francisco Sebastião dos Santos, disse que os constantes aumentos do preço da energia estão muito exagerados. “As autoridade precisam encontrar um alternativa para resolver isso, pois a população não está agüentando mais. Eu pagava um x agora estou pagando dois x. Isso não está certo não”, indigna-se.
O morador do bairro Interventoria, Francisco da Silva, disse que o aumento de energia é um absurdo. “A gente que ganha pouco com esses preços altíssimo fica difícil de pagar. As autoridades precisam encontrar um jeito de congelar os preços e ajudar os mais pobres”, sugere.
Francisco disse que reduziu a quantidade de lâmpadas e o tempo de uso da energia. O valor de cobrança no talão dele vinha mais de 300 reais, com a economia que fez hoje, paga em média, 250 reais.
Manuel Nunes, morador do bairro São José Operário, disse que, com os aumentos de energia ficaram mais difíceis aos consumidores, pois grande maioria da população não tem uma renda capaz de suportar os sucessivos aumentos. “Até por que o ganho das pessoas aumentou uma vez por ano. De 37 reais que eu pagava com o aumento foi para 237 reais. O valor triplicou e não sabemos mais o que fazer para pagar a energia”, argumenta.
O Presidente do diretório municipal do Partido dos Trabalhadores (PT), Juca Pimentel, disse que não vê com bons olhos. No entanto, as instituições precisam explicar melhor para que as pessoas possam compreender o porquê desse aumento tão absurdo no Pará.
Juca sugeriu que um dos impostos que precisa ser reduzido é o ICMS, um dos mais caros do Brasil. “Com a redução do ICMS vai cair também os valores da tarifa de energia. É importante debater na sessão de amanhã, quais os fatores que contribuem para o aumento da tarifa de energia”, questiona.
Fonte: RG 15/O Impacto e CMS