Termina contrato da Pró-Saúde e poderá haver demissão em massa no Hospital Regional de Santarém

A informação de que a partir desta terça-feira, 08, todos os funcionários da Pró-Saúde (OS que administra vários hospitais no Pará, entre eles o Hospital Regional do Baixo Amazonas do Pará – HRBA), entram de aviso prévio está tirando o sono de muita gente, em Santarém, Oeste do Pará. O problema teria sido relacionado ao final de contrato de cinco anos da Pró-Saúde, com o Governo do estado, através da Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa), que venceu no dia 05 de maio de 2013 e foi prorrogado por mais um ano. Só que agora não pode ser mais prorrogado e no dia 05 de maio de 2014 termina o contrato da Pró-Saúde com o Governo do Estado.

Hospital Regional de Santarém
Hospital Regional de Santarém

Fontes informaram que a Pró-Saúde concorre novamente em nova licitação para administrar o HRBA. A abertura do processo de licitação aconteceu no dia 31 de março deste ano e o resultado será publicado no Diário Oficial do Estado no próximo dia 30 de abril. Porém, enquanto a empresa vencedora da nova licitação não for divulgada pela Sespa, os funcionários continuarão de aviso prévio. A notícia não agradou funcionários, pacientes e familiares de pessoas que fazem tratamento no HRBA.

Os pacientes temem que a saída da Pró-Saúde possa afetar a qualidade do atendimento prestado a pessoas de várias cidades do Baixo e Médio Amazonas e outros estados da Região Norte, haja vista que o HRBA é referência na saúde em nossa região e dezenas de pessoas diariamente chegam à Santarém em busca de tratamento de média e alta complexidade.

Vale destacar que a empresa Pró-Saúde será alvo de uma Comissão parlamentar de Inquérito (CPI) aprovada pela maioria dos deputados, na Asssmbléia Legislativa do Pará.

MINA DE OURO: No final de janeiro deste ano, a imprensa de Belém do Pará informou à população que a privatização dos hospitais regionais na administração de Simão Jatene se tornou um verdadeiro negócio da china. As irregularidades cometidas pela Pró-Saúde, maior das OSs que atua no Pará, têm inclusive registro em balancetes. Para gerenciar os hospitais sob sua responsabilidade, a Pró-Saúde cobra um percentual de 10% a título de “taxa de administração” do valor total dos contratos de gestão que mantém com a Sespa, ou seja, dos R$ 265 milhões que recebe por ano do Estado para gerenciar os quatro hospitais, a Pró-Saúde fica com R$ 26,5 milhões sem descontos.

A margem do lucro é tamanha que a Pró-Saúde chega a utilizar recursos públicos destinados à manutenção dos hospitais, como o de Santarém, para custear despesas de outros hospitais administrados por ela, inclusive particulares, como é o caso dos Hospitais de Altamira, de Marabá e até de Porto Trombetas, conforme observado no balancete de prestação de contas de fevereiro de 2013.

Após encaminhar questionamentos para a Pró-Saúde acerca do contrato de gestão com o Hospital Galileu e com os demais hospitais regionais administrado pela OS, a imprensa de Belém do Pará teve uma surpresa da prestadora de serviço de saúde. Em nota, a Pró-Saúde informou apenas que todas as informações sobre o resultado final da Convocação Pública, Edital de Seleção para o Hospital Galileu, “são públicas e estiveram disponíveis no Diário Oficial do Estado do Pará, edição de 23/1/2014” e que “todos os contratos celebrados com o Governo do Pará são públicos e estão disponíveis no Diário Oficial do Estado do Pará”.

A OS assegura, ainda, que não responde a qualquer inquérito policial na Justiça Estadual ou no Tribunal Regional Federal da Primeira Região envolvendo sua atuação no Tocantins.

 

 

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