Demitido há um ano, ex-ministro Carlos Lupi é conselheiro do BNDES

•Segundo a ‘Folha de S.Paulo’, no cargo, ele recebe cerca de R$ 6 mil por mês
• Segundo a ‘Folha de S.Paulo’, no cargo, ele recebe cerca de R$ 6 mil por mês

O ex-ministro do Trabalho Carlos Lupi deixou o cargo no fim de 2011 em meio a denúncias de irregularidades, mas permanece como conselheiro do BNDES na vaga destinada ao representante da pasta. Segundo o jornal “Folha de S.Paulo”, o pedetista recebe cerca de R$ 6 mil por mês, pagos trimestralmente. Como conselheiro do BNDES, Lupi tem participação na aprovação do orçamento do banco e acompanha a sua execução.

Para ocupar a vaga de conselheiro, Lupi precisou ser nomeado pela presidente Dilma Rousseff na época em que ainda era ministro. Procurado pela reportagem, a assessoria do atual ministro, Brizola Neto, informou que pediu à Presidência em junho de 2012 a substituição de Lupi. À reportagem, o ex-ministro e atual presidente nacional do PDT disse que, como é indicado pela Presidência da República, vai permanecer na vaga até ser tirado e que não sabe porque isso ainda não ocorreu.

A Presidência informou que o BNDES se manifestaria. Em nota, o banco disse que Lupi permanece só de maneira formal como membro do Conselho de Administração do BNDES, enquanto aguarda seu substituto. O BNDES informou que Lupi não participa das reuniões do conselho nem recebe remuneração. No entanto, o ex-ministro afirmou que participa das reuniões e que recebe por sua atuação.

O Conselho de Administração do BNDES é presidido pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, que também já foi alvo de investigação da Comissão de Ética depois que O GLOBO revelou sua atuação como consultor em 2009 e 2010, antes do governo Dilma. Também integram o Conselho o presidente do BNDES, Luciano Coutinho; a ministra do Planejamento, Miriam Belchior; o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, Mauro Borges Lemos; e o secretário de política econômica do Ministério da Fazenda, o economista Márcio Holland de Brito.

Fonte: O Globo

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