Acadêmicos da Ufopa são despejados de imóvel

Pedro Jorge denuncia reitoria
Pedro Jorge denuncia reitoria

Oito alunos continuam acampados no campus Amazônia Boulevard, da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), na Avenida Mendonça Furtado, em Santarém, Oeste do Pará. Desde o dia 14 deste mês, eles protestam acampados contra a falta de pagamento do Bolsa Permanência (programa de auxílio financeiro para estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica).

Segundo os universitários, o fornecimento da bolsa está atrasado desde janeiro deste ano. “Entre os dias 11 e 17 de fevereiro houve um processo de renovação da bolsa, no entanto, devido às burocracias da universidade, 60 estudantes foram excluídos do processo. Após reanálise, outros estudantes foram reincorporados ao programa, mas apenas os que não passaram pela reanálise foram contemplados com o pagamento referentes aos meses de janeiro e fevereiro”, explica o universitário Pedro Jorge, natural de Belém do Pará.

Em decorrência do atraso da Bolsa Permanência, o acadêmico Pedro Jorge disse que está ocupando o campus Amazônia da Ufopa, por depender diretamente do recebimento do auxilio financeiro. Por conta do atraso, Pedro afirma que juntamente com outros colegas, foram despejados do imóvel, onde estavam residindo.

De acordo com Pedro, além da atual reitoria não ter compromisso com o pagamento dos programas existentes, a Universidade não tem nenhuma perspectiva de construção de Restaurante Universitário (RU) e de Casa do Estudante, o que facilitaria não apenas a vida de Pedro, mas de todos os estudantes dessa Instituição.

Por esse motivo, ele está desde o dia 14 de abril ocupando o Campus Amazônia, até que a Universidade resolva os problemas relativos à bolsa permanência e seus atrasos. A Universidade passou a responsabilidade para o Tesouro Nacional por não liberar o dinheiro para pagamento das bolsas.

Jorge conta, ainda, que os acadêmicos já procuraram a reitoria, mas não obtiveram nenhuma resposta. “Nós conversamos com a reitora semana passada, ela disse que ia resolver, mas até agora não houve nenhum pronunciamento da parte dela. Nós também conversamos sobre o assunto com o novo pró-reitor da Proges [Pró-Reitoria de Gestão Estudantil], mas até agora nada”, ressaltou Pedro Jorge.

Ele afirma que mais estudantes devem ocupar o prédio da universidade ainda nesta semana. “Hoje, somos oitos alunos. Essa semana os estudantes indígenas, que se sensibilizaram com a causa, vão auxiliar na ocupação”, conclui Pedro Jorge.

Fonte: RG 15/O Impacto

2 comentários em “Acadêmicos da Ufopa são despejados de imóvel

  • 25 de abril de 2014 em 23:03
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    Me parece existir um conformismo, nos autores dos comentarios anteriores, com a condição \”trabalho e estudo\”, e nao é assim que deve ser! Todo jovem, deveria ter o direito a somente estudar dirante a vida estudantil! A nessecidade é que faz com que, ainda que a contra gosto, se tenha que trabalhar e estudar, e por vezes trabalhar para custear os estudos. Isso não deveria ser assim, todos deveriam ter direito a poder de dedicar plenamente aos estudos!! Esse direito nao deveria ser garantido apenas aqueles que tem pais provedores!! E os auxílios concedidos exigem retornos, de resultados academicos satisfatórios!! A existência destes é um incentivo a dedicacao e a possibilidade, para muitos, de que se possa ter disponibilidade integral para deidicação à formação!! E que seja concedido o direito a quem é de direito!!

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  • 24 de abril de 2014 em 12:49
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    concordo, trabalhar não faz mal, eu trabalho nove horas por dia e consigo conciliar emprego e faculdade.. o governo acostuma mal, tem é que ensinar a pescar e não dar o peixe

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