DOMINGO NA PRAÇA

Domingo passado, pela manhã, fui até à Praça da Matriz e assisti aos últimos momentos de vida de três seculares benjaminzeiros. Cá com meus botões pensei: parecem os prédios do centro histórico de Santarém, só caem quando está amanhecendo um dia de domingo. Nos outros dias da semana não caem. Impressionante!

Conversei com o coordenador dos trabalhos. Um membro a Secretaria Municipal da Produção e Abastecimento, que é a responsável pela “degola das árvores” na Pérola do Tapajós. Disse- me ele que a Diocese fez um pedido para a Secretaria, para que cortasse os benjaminzeiros porque estavam comprometidos, ou seja, estavam para cair e também, porque estavam encobrindo o visual da Catedral de Nossa Senhora da Conceição, a nossa Padroeira, além do que teriam um projeto de revitalização para lá.

Acrescentou-me, ainda, que a Prefeitura também, tem um projeto de revitalização para praça. (Para quem não tinha nenhum, de repente tem dois, eu hein!). Perguntei-lhe: mas será para este mandato? Que só faltam 329 dias para se encerrar. Digo isso porque a considerar o tempo em que estão passando para concluir a revitalização da Praça Tiradentes, o prazo não dá para se concluir a tal revitalização da Praça da Matriz, no presente mandato. Ou será que o prefeito já está contando com o apoio dos outros pretensos candidatos a Prefeito de Santarém, que até o momento estão dando condições ao “Xandinho” (como lhe chamava o saudoso Prof. Emir Bemerguy) em considerar que a reeleição está no ‘papo” ou na “barriga”. Pelo andar da carruagem. Sim! Mas política é dinâmica, as coisas se decidem no último momento. Vamos aguardar até a convenção dos partido, para ver quem é quem.

Mas a verdade é que na minha infância, havia dois senhores que cuidavam da Praça da Matriz, um era o falecido Damásio (aquele que dizia que quatro primaveras passam rápidas). E o outro (como naquela época não tinha crime por discriminação, por apelido etc.. e com devido respeito a sua memória.) só era conhecido por “Catita” e morava, no meio do mato, (naquela época) onde hoje é a Trav. Silva Jardim com a Icoaraci Nunes. As árvores eram bem cuidadas e a Praça era limpa, os benjaminzeiros eram baixos e bem redondos os seus galhos e folhas. Não tinha camelô, nem Hippies sujos e “fedorentos”, nem essas empresas que tomaram conta do elevado da Praça e colocam balões e mesas como se a praça fosse seus escritórios, impedindo, assim, o ir e vir das pessoas.

Na Praça do Centenário, a de São Raimundo, era o responsável o seu João Pimenta, morador do bairro. Nenhum “moleque’ subia para pegar um jambo, nem tomar banho no lago artificial, onde tinha jacarés e tartarugas. Não era Deinha?, Brasilino?, Jarlinho?, Assunção?, Nildo?, João Otaviano?, Ernesto Matos?, Ivanilda Pontes?, Orlandinho?, Armando Barbosa, o popular, “Calango” entre outros centos”?

Com a morte do seu João Pimenta, roubaram até os jacarés para fazer tira gosto dos “biriteiros” do bairro, na praia. Hoje aquele logradouro serve de ponto de referência para os “noiados”.

O que se observa que não há, por quem de direito, a devida manutenção das nossas praças e consequentemente das árvores e quando estas estão ‘apodrecendo” estão quase” mortas”, como se diz no popular, aí vem aquela explicação dita científica, alegando que as árvores oferecem perigo, óbvio! Então, só resta sacrificá-las, para não prejudicar a população. E não se repõe e ficam discutindo qual a nova árvore que vão colocar porque daquela espécie que retiraram não serve mais, por enes razões. Acaba se ficando sem nenhuma nem outra, só o buraco no espaço.

Perigo de cair não ofereciam as árvores existentes em uma dos que seriam Praça da COHAB, que foram sumariamente retiradas, até às raízes, (para não deixar raça) e daí, será que foi em nome da estética, do que poderia ser uma praça digna ou uma feira, organizada, (porque Santarém é a única cidade do mundo que o Ministério Público Estadual, tem que determinar a organização das Feiras) e isso é atribuição da mesma Secretaria Municipal, que não “piroca” as árvores, espera para derrubá-las de vez.

=============================

Final de mandato, o Prefeito manda para a Câmara o Projeto de Lei para criar a guarda municipal. (Creio que já está criada, desde o primeiro governo do saudoso Dr. Everaldo Martins, tínhamos os Guardas, Pessoa, Justo, o Prof. Bernardo (do trânsito), o pai do Rai Pereira, os mais conhecidos, entre outros), pelo pronunciamento do nosso gestor, cinquenta guardas, inicialmente, e pelas atribuições que entregou, seriam necessários, pelo menos quinhentos guardas, inicialmente. Naquela época, os prédios públicos de Santarém eram a Prefeitura, onde funcionava a Câmara Municipal, o Teatro Vitória, onde funcionava a Biblioteca Municipal, a Praça da Matriz, São Sebastião, São Raimundo, a da Chatinha, que é a mesma da Bandeira. E hoje, quantas Praças? Quantas Creches, quantas escolas, quantos Prédios Públicos, como secretarias etc….. Será que cinquenta dá? Será que a Câmara vai aprovar? Provavelmente sim! Será instalada este ano? Olha o princípio da anualidade para despesas públicas!

=============================

Nesta sexta-feira, tem Saudade e Carnaval no Fluminense, a partir das dez da noite com Milton e Milena, pré show com José Maria Alho.

=============================

Caro leitor, a partir de hoje, vá para o nosso combalido e descaracterizado Carnaval Santareno para que tudo venha acabar na quarta-feira! Quem ainda lembra do bloco “O QUE É QUE VOU DIZER EM CASA”. QUE SAIA QUARTA FEIRA DEPOIS DE MEIO DIA, DAS DELEGACIAS DE POLÍCIA. ERA FORMADO POR AQUELES QUE FORAM PRESOS DURANTE O CARNAVAL Mas vá para o “Fuleiragem” do amigo Marreta.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *