Manaus: Polo industrial opera apenas com 50% de sua capacidade

Polo industrial de Manaus
Polo industrial de Manaus

As consequências da crise econômica no Brasil não param de acontecer. Na capital do Amazonas, onde funciona o Polo Industrial de Manaus (PIM), recentemente 10 fábricas pararam a produção. Com isto, aproximadamente 35 mil trabalhadores foram forçados a entrarem em férias coletivas. Acrescenta-se a essa conta, os mais de 15 mil funcionários demitidos desde o mês de outubro do ano passado.
Entre as empresas que mais demitiram estão as fabricantes de televisores, que apostaram todas as suas expectativas no aumento das vendas, por ocasião da realização da copa do mundo no Brasil, no meio do ano passado.
Já os fabricantes de eletrodomésticos viram as vendas despencarem com fim da política do Governo Federal de reduzir impostos, com o objetivo de fazer o consumidor ir às compras, e com isso aquecer as vendas deste tipo de produto. As montadoras de motocicletas também sentiram a queda na demanda, e tiveram que ajustar a produção, e também diminuir o estoque existente dentro dos pátios das fábricas.
De acordo com Centro da Indústria do Estado do Amazonas (CIEAM), a queda brusca da atividade no PIM foi ocasionada pela redução das vendas, o que teve um impacto direto nos níveis fabris. Na contra mão do que aconteceu em anos anteriores, onde o início do segundo semestre era bastante movimentado, neste ano, o que tudo indica é que haverá uma redução da produção industrial.
As dificuldades no PIM aumentaram nos últimos dias, também por conta da greve realizada pelos servidores da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa). A paralisação ameaça deixar o comércio local desabastecido durante o período de festas de final de ano. Centenas de carretas com mercadorias armazenadas em contêineres estão paradas, aguardando o retorno dos servidores para os procedimentos de liberação. O prejuízo já é estimado em R$ 180 milhões.
Por: Edmundo Baía Júnior
Fonte: RG 15/O Impacto

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