PF leva governador de Rondônia para prestar depoimento em operação contra fraudes

Governador Confúncio Moura
Governador Confúncio Moura

A Polícia Federal conduz coercitivamente nesta quinta-feira o governador reeleito de Rondônia, Confúcio Moura (PMDB), a prestar depoimento em operação para investigar fraudes em contratos públicos. Um mandado de busca e apreensão de documentos está sendo cumprido na casa do governador. De acordo com investigações da Operação Plateias, a organização criminosa formada por lobistas e agentes públicos é responsável pelo direcionamento de licitações e o desvio de mais de R$ 57 milhões.
Estão sendo cumpridos hoje 193 mandados judiciais: 163 pessoas conduzidas coercitivamente, 26 buscas e 4 prisões temporárias. Os mandados são cumpridos em nove estados (Rondônia, Acre, Amazonas, Bahia, Goiás, Pará, Rio de Janeiro, São Paulo, Sergipe), além do Distrito Federal. Segundo a PF, uma das conduções coercitivas ocorre na Espanha.
De acordo com as investigações, também foram verificados pagamentos indevidos a agentes públicos em um “fundo de propina” que chegava a movimentar cerca de R$ 2 milhões por mês.
A PF informou que foram encontradas irregularidades em contratos das oito secretarias estaduais: Saúde, Justiça, Educação, Desenvolvimento Ambiental, Agricultura, Assistência Social, Obras e Serviços Públicos, além da Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia (CAERD). Os contratos sob suspeita superam R$ 290 milhões.
Entre os contratos investigados, consta o da construção de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), fornecimento de alimentação a hospitais e presídios, compra de medicamentos, aluguel de viaturas, serviço de vigilância armada em escolas e hospitais, contratação de empresa de publicidade, entre outros.
Os investigados poderão responder, na medida de suas participações, pelos crimes de organização criminosa, fraudes à licitações, concussão e corrupção ativa e passiva.
Confúcio Moura foi reeleito governador de Rondônia na eleição de outubro na disputa com o senador cassado Expedito Júnior (PSDB).
Fonte: O Globo

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *