Professora da UFPA é exonerada após plágio em sua tese

Scarleth Yone O’Hara
Scarleth Yone O’Hara

Após as denúncias de plágio em sua tese e cassação do título de doutorado obtido em 2004, a Universidade Federal do Pará (UFPA) informou que a docente Scarleth Yone O’Hara foi exonerada de funções administrativas na instituição e perdeu gratificações e progressões salariais referentes a titulação de doutora.
Ainda de acordo com a nota, a professora deverá ainda devolver à UFPA os valores retroativos recebidos devido à titulação que foi anulada. O valor total que deve ser devolvido não foi divulgado.
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Apesar da exoneração nas funções administrativas, Scarleth continua como professora da Faculdade de Comunicação da instituição. O motivo, segundo a nota da UFPA, é que o concurso público no qual foi aprovada não exigia o titulo de doutorado.
O caso
Em outubro de 2015, o Conselho Universitário da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) determinou a nulidade da defesa de tese de doutorado de Scarlet Yone O’Hara e a cassação do seu título de doutora em Estudos Literários pela Faculdade de Letras, obtido em 2004.
A decisão foi tomada na reunião do dia 13 de outubro e o ofício de notificação enviado à ex-aluna. O suposto plágio foi denunciado em 2009 pela professora Josebel Akel Fares em reunião na UFMG. Acesse a ata da reunião clicando aqui.
Scarlet plagiou em sua tese “A mitopoética marajoara na construção do imaginário amazônico” trechos da dissertação de mestrado “Imagens da mitopoética amazônica: um memorial das matintas pereras” e da tese “Cartografias marajoaras: cultura, oralidade, comunicação”, trabalhos feitos por Josebel, professora no Curso de Letras da Universidade de Estado do Pará (UEPA).
Scarlet Yone O’Hara é professora nos cursos de Comunicação da Universidade Federal do Pará (UFPA) e atua principalmente nas área de publicidade, propaganda, marketing, gênero, imaginário e comportamento do consumidor.
De acordo com o parecer da UFMG, “a materialidade é indiscutível. Após ampla e exauriente instrução, restou provado neste processo, de forma inconteste, a existência do plágio de que foi acusada Scarleth Yone O’Hara”, conclui o parecer da Comissão de Legislação que embasou a decisão do Conselho Universitário.
No documento, a Comissão acrescenta que a própria autora da tese “não apresentou nenhuma justificativa excludente do ilícito de propriedade autoral por ela praticado. Pelo contrário, confessa expressamente a cópia realizada sem a citação da fonte”.
A assessoria de comunicação da UFPA informou que a professora não irá se pronunciar sobre o caso.
Fonte: DOL

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