Ex-namorado de jovem estuprada no Rio se apresenta à Polícia

Rio de Janeiro - Delegados da DRCI, Alessandro Thiers, da PCRJ, Fernando Veloso e da Criança e Adolescente Vítima, Cristina Bento, falam sobre caso de estupro coletivo sofrido por jovem (Tomaz Silva/Agência Brasil)
Rio de Janeiro – Delegados da DRCI, Alessandro Thiers, da PCRJ, Fernando Veloso e da Criança e Adolescente Vítima, Cristina Bento, falam sobre caso de estupro coletivo sofrido por jovem (Tomaz Silva/Agência Brasil)

O ex-namorado da jovem estuprada por diversos homens em uma comunidade no Rio se apresentou na noite desta sexta-feira (27), na Cidade da Polícia, para ser ouvido. Junto se apresentou outro jovem, que seria o responsável pela divulgação do vídeo na internet.

O advogado que representa o jogador de futebol Lucas Perdomo, que teria namorado a jovem no passado, Eduardo Antunes, negou que seu cliente tenha participado de estupro da adolescente. Segundo ele, o jogador, o rapaz que teria divulgado o vídeo, uma moça e a adolescente entraram em uma casa abandonada para praticar sexo e que seu cliente saiu e deixou o local.

“Eles se encontraram em um baile funk e foram para esse imóvel. Eles tiveram a relação, cada qual com sua parceira. A questão dos 30 é um rap que exalta um dos personagens lá do local dizendo que o fulano é o cara, engravidou mais de 30. Não que 30 tivessem ficado com a menina”, disse o advogado.

Os três, mais a menina que foi estuprada, estão sendo ouvidos pelo delegado Alessandro Thiers, titular da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI).

Polícia identifica quatro suspeitos de participar de estupro coletivo no Rio

A Polícia Civil já identificou quatro homens suspeitos de terem participado do estupro de uma jovem de 16 anos, no fim de semana passado, no morro São José Operário, em Jacarepaguá, zona oeste do Rio. De acordo com relato da jovem à polícia, ela teria sido estuprada por 33 homens na casa.

Em depoimento à polícia, a adolescente contou que foi visitar o namorado em uma casa no alto da comunidade que era usada por homens ligados ao tráfico de drogas na região. Imagens postadas pelos supostos agressores no Twitter geraram indignação ao mostrarem a menina desacordada com órgãos genitais expostos. No vídeo, um homem admite: “uns 30 caras passaram por ela”.

Dos quatro identificados até o momento, dois são suspeitos de terem divulgado as imagens nas redes sociais; um é o rapaz que tinha um relacionamento com a jovem; e o quarto identificado aparece no vídeo ao lado da garota.

O Ministério Público do Rio (MPRJ), que acompanha o caso, através da 23ª Promotoria de Investigação Penal, informou que a Ouvidoria da instituição já recebeu cerca de 800 denúncias sobre os criminosos e que já encaminhou o material retirado das redes sociais para os órgãos de investigação do crime.

Em nota, a Polícia Civil informa que a Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) e a Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV) estão trabalhando de forma integrada na investigação do crime.

A Subchefia Operacional e o Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE) colocaram suas unidades à disposição para auxiliar na investigação.

A vítima do estupro coletivo foi levada  para o setor de ginecologia do Hospital Maternidade Maria Amélia, no centro do Rio, onde fez exames e tomou medicamentos para evitar doenças sexualmente transmissíveis e Aids.

Por: Agência Brasil

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