Filarmônica abandonada pela prefeitura de Santarém

Segundo o professor Rafael Brito, a principal necessidade fica em questão do local dos ensaios, onde o atual prédio não oferece conforto, assim como a acústica não é ideal
Segundo o professor Rafael Brito, a principal necessidade fica em questão do local dos ensaios, onde o atual prédio não oferece conforto, assim como a acústica não é ideal

Uma das mais tradicionais orquestras de Santarém, a Filarmônica Professor José Agostinho, poderá ser extinta por falta de apoio da Prefeitura Municipal. O problema veio à tona no início desta semana, quando a direção da orquestra denunciou que os músicos estão ensaiando em local improvisado e inadequado, assim como os professores atuam de forma voluntária por falta de incentivo financeiro da Prefeitura.

De acordo com o professor Rafael Brito, a orquestra funciona em um prédio, localizado na Travessa Dom Amando, no bairro Santa Clara, desde o ano de 2010, quando o local foi adquirido ainda na gestão da ex-prefeita Maria do Carmo Martins Lima (PT). Ele conta que na época, o acerto foi de que a Filarmônica iria funcionar no local por pouco tempo. Porém, ficou muito além do previsto.

“Já procuramos o Governo atual e expusemos todos os problemas ao Secretário de Cultura, que já veio aqui no local e viu as condições em que a orquestra está funcionando. Tivemos uma conversa, onde foi acertada nossa mudança de local e, como não aconteceu até agora, a gente não vai participar da programação natalina deste ano”, avisa o professor Rafael.

Segundo ele, a principal necessidade fica em questão do local dos ensaios, onde o atual prédio não oferece conforto, assim como a acústica não é ideal. “Além disso, temos oito professores da Escola de Música que atuam de maneira voluntária. Pedimos para o poder público que contratasse esses professores, e até o momento não tivemos nenhuma resposta. O dinheiro repassado pela Prefeitura para a Filarmônica também não é suficiente para cobrir todos os custos”, denuncia o músico.

A Filarmônica Municipal Professor José Agostinho é uma instituição musical com 50 anos de serviços prestados à cultura santarena. Diante disso, o professor Rafael espera que o poder público municipal tenha maior empenho para garantir que as atividades musicais ocorram com qualidade, conforto e eficiência. Caso contrário, a população de Santarém poderá ficar sem as tradicionais apresentações de Natal, da Filarmônica Municipal.

NOTA DA PREFEITURA: A respeito do comunicado emitido pela direção da Filarmônica Municipal Professor José Agostinho, a Prefeitura de Santarém, através da Secretaria Municipal de Cultura (SEMC), compreende a importância de oferecer instalações adequadas à entidade. A Filarmônica está temporariamente sediada num imóvel alugado pela SEMC, na Travessa Dom Amando, entre Borges Leal e Marechal Rondon, desde o ano de 2010.

Em entendimento com a gestão municipal, ficou definida a necessidade de se buscar melhores instalações, compromisso assumido pela gestão e renovado, através desta, com a Filarmônica.

Ressaltem-se, também, os gastos efetuados pela Prefeitura correspondentes à manutenção da Filarmônica, referentes a pagamento de bolsistas, aluguel do imóvel e energia elétrica, perfazendo um total de R$ 293.350,26, no ano de 2013, e R$ 311.917,28, no período de janeiro a novembro de 2014.

A Prefeitura de Santarém reafirma o compromisso de continuar apoiando as ações da Filarmônica Municipal Professor José Agostinho, contribuindo, cada vez mais, para o engrandecimento da cultura santarena.

Por: Manoel Cardoso

Um comentário em “Filarmônica abandonada pela prefeitura de Santarém

  • 6 de dezembro de 2014 em 12:44
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    Não e’ facil tocar em meio a ratos e morcegos

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  • 5 de dezembro de 2014 em 17:10
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    Porque esses artistas só esperam pelo governo. Eles não sabem fazer projetos e inscrever no Ministério da Cultura? Plano A, B e C .

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  • 5 de dezembro de 2014 em 10:24
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    A pergunta do Davison Nery resume tudo, Cadê o secretário Nato Aguiar? Um dos mais renomados artistas da terra deixa a cultura local ABANDONADA! Santarém vive uma fase cultural péssima, não existe um apoio para as instituições locais como a Filarmônica e não existe uma preocupação com o lazer relacionado à cultura. A Coisa mais difícil de acontecer nessa cidade é um evento voltado à cultura, e quando acontece grande parte é organizado por iniciativas privadas onde a prefeitura entra como simples Patrocinadora. Isso é uma vergonha! Uma cidade que pretender ser capital sendo abandonada na Cultura.

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  • 5 de dezembro de 2014 em 08:51
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    Cadê o Secretário NATO AGUIAR?
    Que artista é esse que deixa a cultura um total abandono?

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