Procuradores do mensalão vão investigar fraudes no ‘tribunal’ da Receita Federal

Rodrigo Janot, procurador-geral da República
Rodrigo Janot, procurador-geral da República

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, decidiu criar uma força-tarefa para reforçar as investigações sobre corrupção no Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf), do Ministério da Fazenda. A força-tarefa foi criada a partir de um pedido do procurador Frederico Paiva, que está à frente da Operação Zelotes. A criação do grupo especial foi aprovada em reunião do Conselho Superior do Ministério Público nesta terça-feira.

A partir da Operação Zelotes, o Ministério Público e a Polícia Federal investigam fraudes que podem chegar a R$ 19 bilhões. Até o momento, os investigadores apontam o desvio de R$ 5,7 bilhões desviados dos cofres públicos a partir da extinção de dívidas fiscais de forma indevida. Entre os investigados estão empresas do Grupo Gerdau e do Banco Safra, conforme revelou o GLOBO em 27 de março. Empresas e bancos são suspeitas de comprar decisões do Carf para se livrar de dívidas fiscais.

Entre os investigados estão dez conselheiros e ex-conselheiros do Carf, um procurador aposentado da Fazenda Nacional. Também estão na lista o bancos Santander, Bradesco e grandes empresas como a rede de tv RBS e Marco Polo, fábrica de carroceria de ônibus. A força-tarefa será formada pelos procuradores Raquel Branquinho, José Alfredo e Rodrigo Leite. Frederico Paiva coordenará o grupo.

Raquel Branquinho e José Alfredo são dois dos mais conhecidos procuradores da República do país. Os dois participaram da elaboração da denúncia do mensalão.A decisão de criação da força-tarefa deve ser publicada amanhã. A partir daí, os procuradores vão analisar os documentos já apreendidos e decidir os próximos passos da investigação.

Fonte: O Globo

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