Alunos estudam em salas improvisadas

Piersilia Pereira, vice-diretora do Frei Ambrósio, diz que alunos e professores dividem espaços com operários de construtoras
Piersilia Pereira, vice-diretora do Frei Ambrósio, diz que alunos e professores dividem espaços com operários de construtoras

Mesmo tendo iniciado as aulas oficialmente na segunda-feira, 1º de setembro, a direção da Escola Estadual Frei Ambrósio informou que o prazo de conclusão da obra encerra somente em novembro deste ano. Alunos e professores dividem espaços com operários de uma construtora. Por conta da obra ainda não ter sido finalizada, entulhos e materiais retirados do antigo prédio e, que não podem mais ser utilizados são vistos em várias partes.

Quem chega ao prédio do educandário se depara com uma placa instalada pela Secretaria de Estado de Educação do Pará (Seduc), indicando o valor da obra em R$ 1.447.055,57, e o período dos serviços iniciados em março deste ano, com término programado para novembro. No projeto da obra consta a construção de cobertura da quadra de esportes, orçada em R$ 179.390,17, e um auditório.

Para a vice-diretora da Escola Frei Ambrósio, Piersília Pereira, a direção está sabendo lidar da melhor forma possível para o funcionamento do educandário, principalmente devido a alguns desajustes que acontecem. “O que é natural em toda construção. Temos uma capacidade de um percentual possível de ser utilizado, em ter algumas lacunas de ausência de aula em 75%. Já estamos dentro dessa capacidade e nenhum aluno será prejudicado”, afirma a vice-diretora.

De acordo com Piersília Pereira, tecnicamente a reforma está prevista para ser finalizada em novembro, porém, há toda uma estrutura a ser realizada, como a construção do auditório e a ampliação da área administrativa. “O que será importante, porque estamos trabalhando dentro de uma capacidade muito limitada. A Escola está passando por alguns ajustes, para que tenhamos um bom ambiente dedicado ao aluno”, declarou.

Segundo ela, uma vez ou outra há reclamação de alguns alunos e professores devido ruídos e poeira provocados pela obra. “Não saímos do ambiente, porque não há outro local que venha suprir essa necessidade de 12 salas por turno. Então, estamos levando da melhor forma. Quando uma sala não está legal, colocamos os alunos em outra e, estamos tentando lidar da melhor forma”, garante a vice-diretora Piersília Pereira.

Ela reforça que mesmo a Escola estando em obras, não houve evasão de alunos e, que por conta disso a tendência é chegar mais estudantes, por causa dos benefícios que o educandário vai adquirir, como auditório, salas climatizadas, cozinhas novas e banheiros novos.

“O que vai acontecer é exatamente o contrário e a vinda de novos alunos pra cá será bem significante. Hoje, temos mais de 1.000 alunos. Está sendo uma reforma com a criação de espaços e não somente ajustes. O problema que houve para o retorno das aulas se deu em função da conclusão das salas de aula e por alguns problemas técnicos de engenharia e, que não se cumpriu o prazo, mas estamos dentro da capacidade”, reafirma Piersília Pereira.

IMPROVISAÇÃO: Devido às obras de reforma ainda não terem sido concluídas, alguns locais foram improvisados para servirem como salas de aula para os alunos. Sem fixação nas paredes, os quadros foram apoiados em mesas, as instalações elétricas estão expostas e, para amenizar o calor, são usados ventiladores, enquanto as centrais de ar não são instaladas. Enquanto as três salas de aula não ficam prontas, a alternativa encontrada pela direção foi transformar espaços pedagógicos, como a sala de vídeo, por exemplo, em sala de aula para atender os alunos nos três turnos.

Segundo a direção, esta é a primeira reforma completa da escola em 114 anos de existência e, por isso, algumas adaptações foram necessárias. SUPERAÇÃO: Os alunos acreditam que mesmo com as dificuldades, é o momento de recuperar o conteúdo perdido por conta do atraso no início das aulas. “A gente não tinha nem condições de estudar. Era tudo empoeirado, as mesas quebradas, as paredes riscadas, não tinha nem como estudar. A gente espera que termine o ano letivo de dezembro para janeiro e correr atrás do prejuízo”, afirmou o estudante Everton Henrique. “A expectativa é que a gente termine logo. Estamos muito atrasados e queremos conteúdo. Esperamos que fique tudo bem, mas enquanto isso, a gente vai ter que estudar dessa forma. Não podemos ficar parados”, declarou Milena Geise.

Com o atraso, o calendário letivo na Escola sofreu alterações, com a inserção de aulas em pelo menos dois sábados por mês até 2015.

O início das aulas estava previsto para agosto, mas devido à reforma, foi adiado no mínimo duas vezes. Outras escolas, como Frei Othmar, Wilson Fonseca, Gonçalves Dias e Álvaro Adolfo também passam por reformas.

Por: Manoel Cardoso

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