Comunitário denuncia tráfego de carretas na ponte da Toca da Raposa

Revoltado com o grande fluxo de veículos pesados na Ponte da Toca da Raposa, o comunitário Aldomiro Sousa da Silva, o “Neguinho”, reivindica junto aos órgãos competentes que coloquem fiscalização no local. Inaugurado no mês de junho último, durante as comemorações alusivas ao aniversário de Santarém, a ponte da Toca da Raposa sofreu sérios danos, nas últimas semanas, por conta do fluxo de caminhões, caçambas, carretas e máquinas pesadas.
De acordo com Neguinho, a ponte facilita a mobilidade entre os bairros da Floresta, Grande Área da Nova República, Matinha e Santarenzinho. Porém, ele alerta que se não for feita fiscalização e proibido o tráfego de veículos pesados, a ponte da Toca da Raposa pode estar com os dias contados.
“Procuramos as autoridades municipais para ver que solução eles vão dar para o problema. A ponte foi inaugurada e ainda não está com quatro meses, mas já está se acabando por causa da irresponsabilidade das pessoas. No local passam caminhão, trator e carretas. Queremos que a Prefeitura faça fiscalização ou coloque placas proibindo o tráfego de veículos pesados”, ressalta o Neguinho.
A nova ponte tem 30 metros de extensão em madeira por 5 metros de largura e suporta 10 toneladas por eixo. De acordo com Neguinho, veículos de até 40 toneladas estão passando no local, o que já provocou uma inclinação em uma das laterais da ponte, provocando risco de desabamento.
“Os veículos pesados devem trafegar pela Avenida Cuiabá e pela Fernando Guilhon e deixar que apenas carros de passeio e motocicletas passem na ponte, para que ela tenha uma longevidade maior”, sugere Neguinho.
Ele alerta que até mesmo a Avenida Belo Horizonte, a principal via de acesso ao Jardim Zoológico de Santarém (ZooFit) e a ponte da Toca da Raposa está totalmente danificada, por conta do tráfego constantes de carretas na artéria.
“Essa rua passou recentemente por reforma, mas já está toda danificada. São caçambas que passam a todo instante carregadas com material de construção, como pedra e areia e também carretas carregadas com madeira. A rua está cheia de buracos e a ponte já está com um lado torto. É preciso que coloquem placas no local impedindo o tráfego de veículos pesados, porque se isso não for feito a qualquer hora a ponte pode desabar”, avisa Neguinho.
RISCOS: Os moradores do Santarenzinho denunciam os riscos de acidentes na ponte provocados pelo tráfego de caçambas e carretas. A doméstica Maria Cléia Sousa utiliza a água do igarapé para lavar roupas e relatou que já presenciou vários casos de acidentes na ponte. “Uma vez uma mulher caiu na ponte. A motocicleta caiu dentro do igarapé, porque vinha passando uma carreta e a mulher foi levada para o hospital”, relatou.
Além de ameaçar a segurança das pessoas, o problema afeta ainda a rotina das famílias. “Essa situação fica difícil pra gente. Caçambas com material de construção passam e caso a gente queira carregar alguma coisa, como uma mudança ou outra coisa, temos que ir por outro lugar e com isso o frete se torna mais caro e fica difícil a situação”, enfatiza o vigia João Bosco Ferreira.
Ainda de acordo com os moradores, à noite o perigo se torna ainda maior e muitos evitam de passar pelo local. “Qualquer vacilo a pessoa pode cair e se bater. Já fazem mais de três meses que o tráfego nessa ponte está assim. Agora, queremos que encontrem uma solução para esse problema”, afirmou o vigia Raimundo Nonato Silva.
Fonte: RG 15/O Impacto