DPU aciona Justiça para que jovem consiga tratamento em São Paulo

Defensora Pública Federal, Dra. Dra. Tarcijany Linhares Aguiar Machado
Defensora Pública Federal, Dra. Dra. Tarcijany Linhares Aguiar Machado

Durante 17 anos, a mãe de família Elijane Marques Brasil vem lutando para que sua filha Sabrina Gabriele Marques Brasil, portadora de uma grave doença no coração, realize tratamento que possibilidade a jovem recuperar sua saúde. Cansada de buscar ajuda em diversos órgãos públicos, tais como Secretaria Municipal de Saúde (SESMA) e Secretaria de Estado de Saúde (SESPA), a mãe da jovem paciente procurou a Defensoria Pública da União (DPU) de Santarém, solicitando que o órgão realizasse ação junto a quem de direito.
Decorrido um mês que a Sra. Elijane Brasil procurou e apresentou a demanda à DPU, o resultado concreto apareceu. Nesta semana, a Justiça Federal determinou a imediata internação da jovem, de 17 anos. O tratamento completo será realizado em São Paulo, custeado pela União, Estado do Pará, Município de Santarém e o Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia.
Para a Defensora Pública Federal, Dra. Tarcijany Linhares Aguiar Machado, neste caso específico, a atuação do DPU representou a maneira que o trabalho do órgão possibilita que a população tenha seu direito garantido.
“Dona Elijane procurou a DPU e requisitou um atendimento. Foi aí que nós começamos a conversar com ela, que nos relatou toda a história de sua filha, que há dezessete anos está numa fila de atendimento para receber tratamento, ou seja, há dezessete anos que ela luta por sua saúde. E ela não conhecia a DPU. Quando ela veio aqui, disse: `Doutora, essa é a minha última chance, porque eu já passei por todos os órgãos e não consegui resolver meu problema´”, disse a Procuradora.
Com o procedimento de assistência judicial aberto, a DPU começou a oficializar os órgãos. Em retorno, a SESPA informou que paciente estaria inscrita para fazer uma cirurgia na cidade de São Paulo, pois a mesma sofre uma cardiopatia complexa. A partir desta informação, a Defensora Pública Federal acionou o Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, o qual estava previsto que a paciente iria fazer a cirurgia. O Instituto informou que ela estaria cadastrada, mas não tinha um retorno sobre quando o procedimento seria realizado.
Devido a situação de indefinição, e o estado da paciente cada vez mais se agravando, o DPU acionou a Justiça Federal, para que a União, o Estado do Pará e Município de Santarém providenciassem imediatamente a internação da paciente.
Na ação, foi solicitado que a União viabilizasse a internação e o Estado e o Município pagassem as passagens áreas, e que o Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia realizasse imediatamente o tratamento necessário, desde exames, cirurgias e um possível transplante.

Mãe da paciente agradece a assistência recebida da DPU em Santarém
Mãe da paciente agradece a assistência recebida da DPU em Santarém

“Quero agradecer à DPU, porque eu já tinha andado em diversos órgãos públicos, e nunca tinha conseguido. Quando foi no mês passado, eu procurei o Ministério Público Federal, e eles me encaminharam para cá. Ao chegar aqui eu fui bem atendida, a Dra. Tarcijany, com a Dra. Patrícia, abraçaram a causa. Viram a dificuldade que eu tive, desde que minha filha nasceu. Então, graças a Deus, e segundo a DPU, nós conseguimos na Justiça, para que a minha filha faça o tratamento em São Paulo”, fala agradecida a mãe da jovem paciente.
SERVIÇOS PRESTADOS PELA DPU: A população pode procurar o atendimento na Defensoria Pública da União, se dirigindo ao prédio localizado na Avenida Borges Leal, próximo a Travessa Silva Jardim, no bairro de Aparecida. Os atendimentos são realizados de segunda a sexta-feira, das 08h às 14h. Os casos atendidos devem ser referentes a órgãos federais, tais como: Caixa Econômica Federal, Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), Instituto Nacional Colonização e Reforma Agrária (INCRA) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis. (IBAMA).
O serviço de assistência jurídica pública gratuita é para pessoa que ganha até três salários mínimos, uma vez que a Defensoria Pública trabalha com o público que não tem condição de constituir um advogado. O objetivo é resolver o problema do assistido, de forma administrativa, antes de recorrer à esfera jurídica, porque na Justiça, às vezes as decisões demoram.
Por: Edmundo Baía Junior
Fonte: RG 15/O Impacto

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *