Empresas desqualificadas ganham licitações do Estado

Vereador Henderson Pinto
Vereador Henderson Pinto

Em contato com nossa reportagem, o vereador Henderson Pinto manifestou sua preocupação em relação à paralisação de tantas obras no município de Santarém, oeste do Pará.
“Essa semana, ao ouvir um programa do governo do Estado chamado “Prestando contas”, o governador Simão Jatene falou com naturalidade sobre as obras de Santarém, como se as coisas estivessem caminhando normalmente. O Governador remeteu a responsabilidade às empresas, dizendo que se Deus quiser vai fazer isso, se Deus quiser vai fazer aquilo, colocando em cheque a vontade divina. Ora, a vontade divina é positiva, Deus quer o melhor pra cada um de nós”, declarou Henderson Pinto.
Henderson afirmou, ainda, que o governador Simão Jatene remete a responsabilidade da não conclusão dessas obras às empresas que ganham a licitação, porque segundo o Governador, são muitas empresas que ganham a licitação, mas muitas não têm capacidade de construir. “E para quê contrata, então?”, questionou o Vereador.
“Que governo é esse que não tem a capacidade de avaliar a qualificação das empresas que está contratando para utilizar e executar as obras com o recurso público?”, questiona mais uma vez Henderson Pinto.
O Vereador falou, ainda, sobre os famosos aditivos, reajustes por conta dos atrasos, o que significa mais gastos desnecessários, dinheiro da população jogado fora e as obras paralisadas.
Henderson afirmou que parece que o governador Jatene está esperando chegar mais próximo da eleição para tentar fazer mais uma vez com a população, o que fez em 2014, quando colocou a todo vapor a construção das obras, com a proximidade das eleições: o ginásio, o estádio, as obras de abastecimento de água. E após a eleição essas obras paralisaram novamente e continuam assim até hoje. Ou seja, parece que a estratégia é a mesma.
Henderson Pinto disse que vai reunir com o presidente da Câmara, para que a Casa possa verificar uma nova ferramenta de cobrança, porque vários ofícios já foram encaminhados ao governo do Estado, cobranças individuais e coletivas, inclusive próprio prefeito Alexandre Von já esteve em Belém para cobrar a conclusão das obras, mas nada de concreto foi realizado.
Dentre as obras paralisadas em Santarém estão: o terminal hidroviário, o estádio, o ginásio poliesportivo e as obras do sistema de água, que segundo o Governador dariam pra abastecer 95% das residências urbanas.
Henderson afirmou que o governo do Estado precisa sair do discurso, parar de responsabilizar terceiros e assumir o seu compromisso em relação a essas obras paralisadas em Santarém.
ADITIVOS NAS OBRAS: Quando uma obra atrasa por diversos motivos, são necessários alguns ajustes, os aditivos. Numa obra a pessoa tem direito a aditivar até 25% de seu valor, com justificativa: atraso de pagamento, atraso por conta das chuvas e a cada paralisação, o custo dessa obra aumenta. Então, é necessário se empregar mais recursos, que poderiam estar sendo investidos em outra obra.
“Nenhuma empresa vai suportar ganhar uma obra, ficar paralisada por falta de pagamento e com o retorno, o valor inicial não suportar mais o valor de mercado. Por isso precisamos de uma posição verdadeira do governador Simão Jatene”, finalizou Henderson Pinto.
DESCASO DO GOVERNO DO ESTADO EM SANTARÉM: O atraso na conclusão e inauguração de diversas obras do Governo do Pará em Santarém também gerou duras críticas do vereador Júnior Tapajós (PMDB). Tapajós lembrou que nas eleições de 2010, o Governador prometeu as obras do estádio “Barbalhão”, da Escola Tecnológica, do Centro de Convenções, do Porto Hidroviário da região, mas não fez e nas eleições de 2014, prometeu as mesmas obras e até o presente momento não concluiu nenhuma delas.
O parlamentar discutiu o ‘modus operandi’ do governador Simão Jatene, nas duas últimas eleições em relação as obras anunciadas e reanunciadas às vésperas das eleições de 2010 e 2014, que foram iniciadas e retomadas a todo vapor e que depois de vencer o pleito eleitoral nas duas ocasiões, as paralisou, principalmente, o futuro ginásio poliesportivo, a ampliação do Estádio Colosso do Tapajós e os poços profundos da Companhia de Saneamento do Pará (COSANPA).
O Vereador, manifestando sua indignação como representante da população de Santarém, disse que, possivelmente, o Governador reinicie essas obras quando estiver faltando um ano para terminar o momento dele, como fez nas eleições anteriores. “Provavelmente, em julho do ano que vem essas obras sejam retomadas para que as imagens sejam mostradas nos programas eleitorais, para ganhar o voto dos eleitores da região usando a mesma metodologia dos pleitos anteriores”, advertiu.
Segundo o vereador, a população da região só faz perder com as promessas de Jatene. “Infelizmente o eleitorado paraense ainda não percebeu que essa é a prática desse Governador lidar com a gestão, pois quando faltar pouco mais de um ano para as próximas eleições é que vai retomar as obras e mais uma vez sem tempo adequado para concluí-las. Enquanto isso, as pessoas da região ficam sofrendo pela inoperância e ausência do Estado nas ações impactante do Município”, observou Tapajós.
De acordo com ele, o Governador também está pendente com mais de R$ 7 milhões ao município de Santarém, o que está dificultando a gestão da saúde, provocando a falta de remédios nos postos e falta de condições de funcionamento pleno do Hospital Municipal. Para Tapajós, esse repasse não é um favor ou uma generosidade, mas sim recursos constitucionais que deveriam ser repassados naturalmente ao município de Santarém.
Junior Tapajós disse, ainda, que a população local atualmente enfrenta muitos problemas de saúde e, muitos deles decorrem diretamente da ausência do governo do Estado que está com uma gestão muito a desejar, principalmente para a população de Santarém.
DESCASO NA SAÚDE PÚBLICA: Já o vereador Emir Aguiar (PR) reclamou do descaso no sistema de saúde de Santarém, por parte do Governo do Estado. Na visão de Emir, a área da saúde passa por grandes problemas em Santarém, e o culpado é o governo estadual. Ele usou como exemplo, os 49 leitos do Hospital Regional do Baixo Amazonas do Pará (HRBA) que estão prontos para ser entregues e ajudar a desafogar o Hospital Municipal. Porém, o Governador se nega a repassar o valor de R$ 1.677.500,00 para começar o funcionamento.
“Nós temos que fazer um movimento forte, junto com movimentos sociais, a Câmara Municipal e a população, para que possamos chamar a atenção do governo sobre o caos que estamos vivendo” relatou o Vereador.
Por: Edmundo Baía Filho
Fonte: RG 15/O Impacto

2 comentários em “Empresas desqualificadas ganham licitações do Estado

  • 4 de outubro de 2015 em 22:29
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    Pior que o governo do estado, só as assembleias legislativas, tanto a alepa quantos as câmaras de vereadores da maioria dos municípios do estado.

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  • 3 de outubro de 2015 em 17:55
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    Esse vereador, não é aquele que foi presidente da camara, prq ele não fez quando era presidente, só prq agora o grupo está desbandando p o lado do pmdb, que vai fazer e acontecer, já vimos esta tambem vereador, vamos colocar é gente nova nessa Prefeitura e nessa camara, o povo cansou de vcs, xocadeiras.

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