Erlon Rocha: “Estou sendo vítima de perseguição política”

Empresário denuncia Arcon
Empresário denuncia Arcon

O monopólio promovido por empresas que fazem linha de lancha entre Santarém e Itaituba levou o empresário do ramo da navegação Erlon Rocha, proprietário da empresa Erlonave, a denunciar a Agência Estadual de Regulação e Controle de Serviços Públicos no Estado do Pará (Arcon). Por conta de ter sido proibido de realizar viagens comerciais em sua lancha na rota Santarém/ Itaituba, o Empresário suspeita que está sendo vítima de perseguição política por parte do Governo do PSDB, o qual administra a Arcon.

Hoje, o deputado estadual Antônio Rocha, pai de Erlon Rocha, que é candidato à reeleição pelo PMDB, apóia a chapa encabeçada por Helder Barbalho (PMDB) e o vice Lira Maia (DEM). Por conta de ser oposição à reeleição do atual governador Simão Robson de Oliveira Jatene (PSDB), há suspeita de que a proibição das viagens da lancha ‘Ana Karolinne IV’ de Santarém para Itaituba seja de cunho político.

A lancha tem capacidade para 403 passageiros, com banheiros internos, inclusive adaptados a passageiros especiais e ambiente totalmente climatizado. A sua duração de viagem referente à linha Santarém/Itaituba é de 6 horas.

Desde o dia 11 deste mês, a Justiça de Santarém determinou que a empresa Erlon Rocha Navegação Ltda (Erlonave) suspenda o transporte de passageiros que vinha sendo feito através da lancha ‘Ana Karolinne IV’, que operava na rota Santarém/ Itaituba, desde fevereiro deste ano.

O empresário Erlon Rocha conta que foi notificado da decisão e deste então passou a cumprir a determinação, mais precisamente a partir do dia 11 de agosto, data do despacho do juiz Marcelo Góes de Vasconcelos, titular da 8ª Vara Civil de Santarém. O magistrado também estipulou multa de R$ 50 mil por viagem em caso de descumprimento. A ação foi movida pela empresa Diniz Navegação Ltda, concorrente da Erlonave.

“Meu pai tem mais de 25 anos de atuação no transporte fluvial na Amazônia. Hoje, eu inovei e coloquei a maior lancha à disposição da população da região e tudo o que a Arcon pediu para liberar a linha, nós apresentamos. Eu não sei o tipo de monopólio que a Agência está fazendo para que a lancha continue parada no Porto de Santarém!”, questiona Erlon.
FLUXO DE PASSAGEIROS: Em Itaituba, o fluxo de passageiros que viajam diariamente por via fluvial é intenso, porém, não há embarcações suficientes e nem com conforto e segurança para suprir a demanda. Desde que a lancha ‘Ana Karolinne IV’ passou a operar na linha Santarém/Itaituba/Santarém, a concorrência passou a se incomodar com a presença da embarcação, que tem capacidade para 403 passageiros. As outras duas lanchas Princesa do Tapajós e Veloz, juntas suportam apenas 120 pessoas. Além disso, a lancha da empresa Erlonave realizava três viagens por semana com tempo médio de seis horas de viagem entre uma cidade e outra.

“Quando eu entrei nessa rota, as duas outras empresas estavam irregulares. Uma delas, a Diniz, estava com sete anos atrasada. A Arcon legalizou essa empresa, que entrou na justiça contra a minha e paralisou as viagens da minha lancha. Hoje, a população precisa de uma embarcação que apresente conforto, porém, por causa da liminar a minha lancha está parada”, denuncia o empresário Erlon.

Ele revela que a Arcon alega que não pode deixar a lancha navegar porque não existe demanda. Porém, Erlon afirma que sua empresa já provou que existe demanda. “Tanto é que a minha lancha tem capacidade para 403 passageiros e já viajamos com todos os assentos ocupados”, declarou.

Para Erlon Rocha, a Arcon deve apresentar à sociedade os critérios utilizados para legalizar as empresas de navegação, principalmente por conta de ter empresas que operam com a licença de sete linhas na região Oeste do Pará, para diversas cidades.

“Já a nossa empresa que tem todas as condições possíveis para viajar não está podendo trabalhar por causa dos critérios da Arcon. Será que uma empresa tem mais dinheiro do que a outra? Então, queremos saber qual é esse critério que deve ter para a Arcon liberar as viagens da minha lancha?”, interroga o empresário.

REPERCUSSÃO: A decisão da Justiça repercutiu na Câmara Municipal e na cidade de Itaituba. O vereador Peninha usou a tribuna para criticar a Arcon, acusando-a de ser a responsável ou irresponsável pelo que vem acontecendo nesta linha fluvial de Itaituba-Santarém-Itaituba. Peninha disse que a agência vem ‘empurrando com a barriga’ esta questão, pois já deveria ter realizado a licitação para a exploração desta linha.

“O que estamos vendo hoje são permissões para fazer esta linha, o que deixa muito à vontade a exploração”, disse o parlamentar.

Fonte: RG 15/O Impacto

Um comentário em “Erlon Rocha: “Estou sendo vítima de perseguição política”

  • 31 de agosto de 2014 em 09:52
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    – SIMPLES, FACIL E RÁPIDO

    – OS VEREADORES PODEM EMITIR UM DOCUMENTO SOLICITANDO A INCLUSÃO DA LANCHA DO SR. ANA KAROLINA IV PARA ATENDER O POPULAÇÃO.

    – ABAIXO ASSINADO DOS PASSAGEIROS DA POPULACAO DA CAMARA, SOLICITANDO A INCLUSAO.

    – ENTRAR NA JUSTIÇA COM UMA LIMINAR, ANULANDO TEMPORARIAMENTE A DECISÃO JUDICIAL, VISTO QUE A LANCHA DO EMPRESARIO ATENDE OS REQUISITOS DE TRANSPORTE COM MAIS QUALIDADE E SEGURANÇA E CONFORTO.

    – QUESTÃO DE DEMANDA, AMIGO EMPRESÁRIO E INVESTIDOR, VEJA SE COMPENSA SUBSIDIAR LUGAR VAZIO DO CONCORRENTE COM 50% OU 100%

    – OUTRO FATOR QUE JÁ DEVERIA TER OCORRIDO A MUITO TEMPO É DENUNCIAR A ARCON PELA OMISSÃO EM RESOLVER OS PROBLEMAS QUE EU MESMO JÁ TESTEMUNHEI AI EM ITAITUBA, BARCO LOTADO PASSAGEIRO COM A PASSAGEM NA MAO SEM LUGAR PRA ATAR REDE E OS FUNCIONÁRIOS DO BARCO FALAR PARA IR SENTADO ITAITUBA/SANTAREM, CABE DENUNCIA GAVE.

    – NAO DEFENDO NEM A OU B NENHUM PARTIDO OU CANDIDATO, SÓ QUERO A MELHORIA DESTE TRANSPORTE QUE NA CIDADE DE ITAITUBA É UMA VERGONHA, VERGONHA, TÁ DESAFIANDO A CAMARA MUNICIPAL, A PREFEITA A MELHORAR TAL SITUAÇÃO.

    – A QUEM A ARCOM É SUBORDINADA

    – A ARCOM É OMISSA.

    PASSAGEIRO INSATISFEITO

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