Guerra do tráfico banha de sangue Santarém

Traficantes William Lisboa, José Luiz de Oliveira e Andrezinho foram assassinados pela briga de quadrilhas rivais
Traficantes William Lisboa, José Luiz de Oliveira e Andrezinho foram assassinados pela briga de quadrilhas rivais

Mortes por acerto de contas preocupam autoridades e a população de Santarém. Em menos de duas semanas, quatro pessoas foram assassinadas na cidade, onde segundo a Polícia Civil, todas são envolvidas no tráfico de drogas. Entre os crimes, na noite de sábado, 10, William Amaro Silva Lisboa, 32 anos, e Vanilda da Silva Alonso Santos, de 42 anos, foram mortos com tiros a queima roupa, em um bar localizado na Rua Tancredo Neves, no bairro Nova Republica, em Santarém, por volta de 22h30.

Também foi baleado o carroceiro Raimundo Sampaio Farias, 45 anos. Após passar por cirurgia, o trabalhador continua internado no Pronto Socorro Municipal (PSM). A Polícia acredita que o crime tenha sido motivado por acerto de contas.

Em relação aos crimes da Nova República, o escrivão da Polícia Civil, Clemer acredita que Iracilda (Ira) e Baltazar, envolvidos com o tráfico de drogas, são os principais suspeitos pelo duplo assassinato. O policial civil revelou que Baltazar efetuou os disparos contra William, que também acertou Vanilda, que trabalhava no “Bar do João” e o carroceiro Raimundo Farias.

Segundo testemunha, William estava em frente ao bar quando foi atingido na cabeça e no tórax. A Polícia Militar informou que duas pessoas em uma motocicleta cometeram o crime. Já Vanilda, foi atingida com disparos próximo ao peito. Ela chegou a ser atendida por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) ainda no local, mas não resistiu e morreu no hospital.

OUTROS ASSASSINATOS: Na noite do dia 6 deste mês, Tiago Luís da Silva Vasconcelos morreu após ser baleado em cima de uma laje, na Rua Transmaicá, no bairro Uruará, em Santarém. Segundo a Polícia, a vítima estava com outras pessoas no local consumindo drogas, quando houve uma discussão.

“Segundo informações da própria irmã da vítima, eles estavam fumando droga em cima da laje e, provavelmente, houve uma discussão e o baleamento”, explicou o sargento Ribamar Moura, do Grupamento Tático Operacional (GTO).

Tiago ainda chegou a ser socorrido por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Por estar num local de difícil acesso, foi necessária a ajuda do Corpo de Bombeiros para que a vítima fosse levada até a ambulância. Dentro do carro do Samu, foi confirmada a morte. “Com a multidão no local, não tinha como a gente avaliar se realmente tinha sinal vital. Dentro da ambulância, a gente constatou que ele não tinha nenhuma chance de vida”, explicou o médico do Samu, Feliciano Cordeiro.

Na noite do dia 5 deste mês, José Luiz da Silva Oliveira, 33 anos, o “Chiquinho”, foi morto com pelo menos cinco tiros no bairro Aeroporto Velho, em Santarém. Segundo a Polícia Civil, José Luiz era filho de um traficante que tem várias passagens peal 16ª Seccional, conhecido por “Jorge Bracinho”.

A Polícia Civil de Santarém acredita que o assassinato de José Luiz possa ter sido motivado por acerto de contas entre traficantes de drogas. Segundo o delegado, Herbert Farias, o crime pode ter ligação com um assassinato ocorrido em novembro do ano passado, no bairro Mapiri, quando um homem foi morto dentro do próprio carro.

O delegado informou que “Chiquinho” teve várias passagens pela polícia, junto com o pai e os irmãos. “Toda a família dele é envolvida no tráfico de entorpecentes, inclusive, ele estava sendo investigado pela Divisão de Homicídios o envolvimento dele nesses homicídios de acerto de contas que tem ocorrido no município. Toda as vezes se direcionava ao Chiquinho. Tudo leva a crer que isso foi acerto de contas, de outra facção, pois tem duas sendo investigadas por tráfico de drogas. Eles mesmos estão se matando”, afirmou Farias.

A Polícia acredita, ainda, que o crime tenha ligação com a execução do traficante Raimar Costa de Oliveira. “Há ligação entre o Raimar e outros homicídios, por tráfico de drogas, queima de arquivo e acerto de contas”, explicou o delegado.

Por: Manoel Cardoso

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