Pedro Peloso abre jogo sobre o PT

Com a proximidade do pleito eleitoral, pré-candidatos já fazem suas chapas e alianças políticas. Um dos nomes cotados para concorrer à Prefeitura de Santarém, pelo Partido dos Trabalhadores, era o ex-vereador Pedro Peloso. Por motivos de divergências políticas, Pedro Peloso renunciou a pré-candidatura interna do partido, deixando a indicação para o atual titular da Secretaria Municipal de Infraestrutura, Inácio Corrêa.

Um dos motivos que fizeram Pedro Peloso desistir é que se perderia um tempo preciso com a prévia à candidatura do Partido. Ele analisou que talvez não estivesse em condições de disputar essa campanha, preferindo abrir mão da pretensão de concorrer nessas prévias. “Eu estava pré-inscrito no ano passado, mas nesse ano de 2012 foi feito um novo processo para saber quem confirmava e após essa análise pessoal resolvi não mais me inscrever”, argumentou o ex-Vereador. Belém também discutia quem seria seu representante e uma eleição interna foi feita entre o deputado federal Cláudio Puty e o vereador Alfredo Costa, saindo vencedor Alfredo Costa que teve a maioria dos votos e será o candidato do PT à Prefeitura de Belém.

Tendo uma visão mais aguçada e uma vida política boa, Pedro Peloso já articula uma candidatura a Vereador, assim como fez nas eleições de 1995 quando se elegeu para o mandato de 1996 até 2000. “Ainda é cedo para a articulação de uma campanha sólida, o momento agora é de contar com os amigos, com os militantes do PT, os parceiros da política, para, a partir daí começar a se solidificar. Estamos começando o trabalho de conversa e formação de alianças. Vai continuar assim até o mês de junho, quando acontecerão às convenções e aí a inscrição como candidato. A partir daí começará de fato a campanha eleitoral. Acho importante o PT ter vários candidatos fortes, para que possa fazer uma boa bancada e continuarmos o nosso trabalho aqui em Santarém”, disse Pedro Peloso.

Pedro peloso foi mais além quanto à desistência de concorrer às prévias do Partido. “Mágoas não ficam, até porque minha candidatura não era de mágoas e sim de divergências quanto à condução do governo aqui em Santarém. Essas divergências continuam, porém, agora é um momento para que o partido esteja forte e unido para que chegue até as eleições de 2012. O PT terá algumas dificuldades nesse pleito por conta do desgaste natural de 8 anos de governo,  mas o PT é um grande partido, dirige o Brasil há quase 10 anos e, dirigiu por 4 anos o Pará antes do governador Simão Jatene. Passadas as disputas internas, passado esse processo de pré-candidaturas, o partido tende a buscar sua união e solidificação, para lutar pela Prefeitura e ter na Câmara de vereadores vários nomes. 

Encontro Estadual do PT: Santarém foi sede do Encontro Estadual do Partido dos Trabalhadores e teve suma importância, pois foi a primeira vez que o Diretório Estadual se deslocou de Belém e veio até uma região fora da capital. Certamente isso foi por causa da grande votação no Plebiscito que tivemos aqui, onde a população deixou claro o seu interesse e sua vontade de criar o estado do Tapajós. O diretório do PT Estadual foi sensível a isso resolvendo fazer o Encontro Estadual aqui em Santarém. Fizeram parte da mesa o ex-ministro da Casa Civil do governo Lula, José Dirceu e o atual ministro da saúde Alexandre Padilha. Foi um encontro cheio de novidades e o grande avanço para nossa região, pois o PT Estadual aprovou por unanimidade uma resolução concordando com o reinício dos debates sobre a reorganização da divisão do estado do Pará, onde certamente não serão as mesmas bases anteriores, pois agora o PT Estadual está de forma unida, propondo-se a defender um novo projeto de reordenamento da divisão territorial do estado do Pará. A chapa deve estar de cara e argumentos novos, usando algumas das idéias antigas e outras novas, tendo um embasamento forte e democrático.

“Penso que essa questão do estado do Tapajós também tem que ser discutida com Belém, pois se ficarmos contra não irá adiantar. Eu estou defendendo uma mesa de negociações entre bons técnicos e bons políticos de Belém, juntamente com uma boa equipe dos estados do Tapajós e Carajás, para que se chegue a um consenso e boas proposta, porque realmente há necessidade de reordenar o Pará. A questão é: qual tipo e interesses que podem ser levados em consideração”, disse Peloso.

Por: Fernanda Rabelo (Free Lance)