Região Oeste pode sofrer mesmo desastre ambiental de Minas Gerais

Padre Edilberto Sena faz o alerta
Padre Edilberto Sena faz o alerta

O desastre ambiental ocorrido no Estado de Minas Gerais, no início deste mês, gerou questionamentos sobre a segurança da população relacionada a grandes empreendimentos construídos e outros que estão em fase final do projeto de implantação, no Estado do Pará, entre eles, as hidrelétricas de Belo Monte e São Luiz do Tapajós, além da instalação de mineradoras às margens do rio Amazonas e na região da Calha Norte.

Em Santarém, o coordenador da Frente em Defesa da Amazônia (FDA), padre Edilberto Sena, questiona se governo federal vai mudar o ritmo da construção de grandes empreendimentos, nos rios do Pará. “E agora, com o maior desastre social e ambiental, ocorrido em Minas Gerais, por acaso o governo e as grandes empresas irão mudar o ritmo de grandes projetos? O rompimento das duas barragens mais que um cenário terrível, é uma desgraça sem retorno, para os moradores da região, para os rios abaixo que receberam toda a lama envenenada. Morreu o rio Doce com o derrame, afogado pelo lixo tóxico, morrendo também as espécies de peixes que lá viviam, contaminou as águas ao ponto de a população local não ter água para beber”, declarou o coordenador da Frente em defesa da Amazônia (FDA), Padre Edilberto Sena.

Ele questiona se a mineradora Vale, considerada por especialistas uma das responsáveis pelo desastre em Minas Gerais, vai parar de explorar minérios na região e na Amazônia. “O governo brasileiro e os deputados e senadores vão criar uma lei mais rigorosa de mineração? Nem falam em tal possibilidade, afinal, o crescimento da economia do País depende da exploração de minérios e outras commodities sem levar em conta seriamente a questão social e ambiental”, declara Padre Edilberto.

Para ele, diante do exemplo desastroso de Minas Gerais, existe a necessidade de se refletir sobre os projetos hidrelétricos e mineradores na Amazônia. “Exemplos de desastres sócio ambientais já tem acontecido na região. Há dois anos foi no rio Madeira, onde estão duas grandes novas hidroelétricas. Veio a grande enchente do rio, as barragens de Jirau e Santo Antônio se encheram e o desastre aconteceu: A capital Porto Velho ficou alagada, rodovia para o Acre ficou inundada, 500 mil reses morreram afogadas na Amazônia boliviana. Se outra enchente acontecer no rio Madeira, quem pode dizer que outros desastres serão evitados? No rio Teles Pires, Mato Grosso, há poucos meses se rompeu uma barragem recém construída e outro desastre aconteceu. Não foi maior porque é menos povoada a região e ainda está em faze de conclusão a hidroelétrica”, apontou padre Edilberto.

IMPACTO AMBIENTAL NO RIO TAPAJÓS: De acordo com Padre Edilberto Sena, os desastres no rio Tapajós já começaram antes da obra começar. Ele revela que a presidente Dilma desmembrou 10 mil hectares de Floresta do Parque Nacional da Amazônia, além de mais 100 mil hectares em outras unidades de conservação na Bacia do Tapajós. Tudo, segundo ele, já prevendo as inundações provocadas pelas barragens.

“Isto significa graves desastres ambientais, geração de gases de efeito estufa, CO2 e metano. Sem falar na possibilidade de rompimento de barragens, os desastres estão previstos caso a barragem de São Luiz do Tapajós seja construída. Além dos parentes Munduruku, que dependem essencialmente do rio e da floresta, cerca de 5 mil famílias serão afetadas só pela barragem de São Luiz. A comunidade de Pimental, onde pretendem construir a barragem, terá suas 145 famílias simplesmente expulsas de seu habitat. Transplantarem para um bairro de periferia urbana é violentar suas vidas, pois seus hábitos dependem do rio e da floresta”, diz Padre Edilberto.

Para ele, se de um lado o governo e as empresas não demonstram intenção de mudar o modelo de crescimento econômico, de outro lado são poucos os que percebem que os desastres de Minas Gerais e Teles Pires podem certamente acontecer no rio Tapajós. Padre Edilberto afirma que muitos moradores da região simplesmente estão alheios às ameaças dos grandes projetos que se aproximam, ou por ignorarem, ou por estarem absorvidos na mera sobrevivência primária.

“Já outros até aplaudem o anúncio dos projetos, na ilusão de ganharem alguma compensação. Poucos ainda são os que já se dão conta das desgraças e começam a resistência. O povo Munduruku se revela muito mais consciente e manifesta resistência mais ativa. A esperança é que as alianças entre o povo Munduruku e os militantes não indígenas possam ampliar a consciência de mais ribeirinhos, pescadores, moradores das cidades tapajônicas e a resistência consiga enfrentar os desastrosos projetos do governo federal”, assevera.

Por: Manoel Cardoso

3 comentários em “Região Oeste pode sofrer mesmo desastre ambiental de Minas Gerais

  • 21 de novembro de 2015 em 22:38
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    Esse padre é muito abestado ou ele acha que continua enganando o povo pobre das regiões ribeirinhas com essa ladainha furada dele, acho que nem o Sr julio traíra do nuquini acredita mais nele.

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  • 20 de novembro de 2015 em 21:24
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    RIO DOCE ESTÁ AGONIZANTE

    O PUJANTE RIO DOCE, produtor de grandes riquezas que alimentou milhões de pessoas, hoje se encontra debilitado, por que não dizer em agonia por falta de homens que enxergasse a sua patologia. MAIS difícil ficou a situação do RIO DOCE, com a queda da barragem de rejeito e suas margens tomada por um enorme lamaçal que levou tudo que se encontrava em sua frente. TODA flora aquática e seus viveres ficaram sem vida no lamaçal ou agonizando sobre ela, pedindo socorro, milhares de exemplares agonizaram até o seu último resquício de vida.
    MORRERAM pela alta concentração de veneno, e barro contido na massa liquida água do rejeito minerado.
    O HOMEM usou e abusou das riquezas do solo e ficaram com vergonha de limpar as sujeiras do prato que ti alimentou por muitos anos.
    A HISTÓRIA DO HOMEM E AS BACIAS HIDROGRAFICAS, O BERÇO DO DESENVOLVIMENTO DE CADA POVO MINEIRO OU CAPIXABA TEM MUITO HAVER COM O RIO DOCE DE TANTAS RIQUEZAS E HISTÓRIAS.
    O RIO DOCE ainda pulsa com muita dificuldade, a espera de um homem que injete ações de recuperação em seu leito, em sua bacia hidrográfica que está degradada, em seus afluentes e igarapés, colocar proteínas em todo os seus leitos e margens, e assim acabando com a fome e a miséria que se estalou nessas regiões.
    PARA RECUPERAR O RIO DOCE é necessário tornar potável RIOS E IGARAOÉS PARA QUE ESSA ÁGUA lave o veneno que está contido na lama que se encontra no fundo do RIO DOCE, para que nasça uma nova flora aquática de um novo começo. BEM como acabar com as erosões, assoreamento, e reflorestar as suas margens e todo segmento de cada calha, e molhar as mudas que serão plantadas nas serras, e a água será bombeada por energia limpa renovável, que pode correr, voar e navegar. ESSE projeto que vai molhar mudas nas serras, é desconhecido das UNIVERSIDADES, e os esgotos terão mais de um destino e cada rio e igarapés, terão uma fábrica de micro-organismo para encher o saco dos prós graduados em meio ambiente de FOME DECLARADA. E esse mesmo projeto irá tirar o mau cheiro da BAIA DE GUANABARA, que consumiu um bilhão e duzentos milhões e o mau cheiro continua o mesmo.
    RESTAURAR A NATUREZA TOMADA POR LAMA É POSSIVEL. RIO DOCE SOFREU O MAIS ALTO RIGOR DO CLIMA E AÇÃO DO HOMEM, É NECESSÁRIO COM URGÊNCIA URGENTISSIMA SER REVITALIZADO OU REVIVIFICAR.
    OBSERVAÇÃO VENENOSA no ESTADO DO PARÁ ocorreu uma grande mortandade de peixes no RIO PARAOPEBAS e os urubus estavam comendo os peixes, e no desastre do RIO DOCE OS URUBUS ESTÃO FAZENDO O MESMO.
    SEM CITAR PRAZOS DILMA ANUNCIA REVITALIZAÇÃO DO RIO DOCE.
    DILMA VAI FAZER POR RIO DOCE O MESMO QUE ELA FEIS PELO NORDESTE.
    DESMATAMENTO NA AMAZÔNIA LEGAL TEM A SOMA DE UM MILHÃO DE KM² DESMATADO.
    RESERVATÓRIOS NO NORDESTE CAEM A NIVEIS CRITICOS, E O GOVERNO FEIS O QUE?
    O PAPA DIZ QUE DEUS E JESUS ESTÁ CHORANDO POR GUERRA, O PAPA NÃO CNHECE DEUS OU JESUS, O SER SUPERIOR SOBRE TODAS AS COISAS, NÃO CHORA POR ERROS DE SEUS CRIADOS, TODOS TEM O LIVRE ARBITRIO.

    O PODEROSO DEUS ESTÁ REUNINDO A SUA IGREJA.

    JOÃO DE DEUS FERREIRA O HOMEM.

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  • 20 de novembro de 2015 em 07:51
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    As vezes me pergunto em que seminário esse padre fez se formou, porque ao invés de acalmar a população ele causa mais terrorismo, já não basta as queimadas que estamos tendo em nossa cidade que já está apavorando muita gente, ele ainda vem dizer uma barbaridade dessas sem conhecimento nenhum. que padre é esse, que não prega nenhum ensinamento de Deus.

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