Conselho Juruti Sustentável instala nova Secretaria Executiva

Instituição aposta no amadurecimento da própria gestão e injeta novo fôlego para contribuir com a construção do futuro do município
Instituição aposta no amadurecimento da própria gestão e injeta novo fôlego para contribuir com a construção do futuro do município

Garantir o desenvolvimento local a longo prazo, tendo como diretriz a participação ativa da população no planejamento das ações de sustentabilidade realizadas no município de Juruti. Esta é a meta do Conselho Juruti Sustentável (Conjus), que comemora um passo importante de sua gestão: a instalação de uma nova Secretaria Executiva (Secex) que tem como grandes diferenciais o fato de ser conduzida por uma organização local e ser mantida por recursos próprios do Conselho. Isto representa o fortalecimento do Conjus e a consolidação de sua autonomia como fórum de discussão e de recomendações sobre as temáticas prioritárias do desenvolvimento sustentável no município.

O Conjus é composto por um colegiado de nove instituições civis, três empresas que atuam na região e três representantes do Poder Público, e vem sendo considerado um exemplo a ser seguido em municípios-sede de grandes projetos, como o caso de Juruti, onde a Alcoa minera bauxita desde 2009.

A nova Secex do Conselho agora será conduzida pela consultoria Gathi, empresa de Juruti que já vinha realizando diversos trabalhos de engajamento comunitário em parceria com as instituições locais especialmente com foco na juventude. A Gathi substitui o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) até então contratado com recursos da Alcoa para apoiar o desenvolvimento do Conjus. A contratação da Gathi para a Secretaria Executiva foi realizada diretamente pelo Conselho com verba proveniente do Fundo Juruti Sustentável (Funjus).

Implementar a nova gestão é um passo estratégico que demonstra o fortalecimento do Conjus. “Nos últimos meses, trabalhamos de forma integrada com o colegiado que compõe o Conselho, a fim de desenvolvemos juntos um plano de trabalho coerente, em busca de alternativas para viabilizar o amadurecimento do grupo. Nosso desafio é criar oportunidades para que os integrantes do Conselho possam se ‘empoderar’ plenamente da gestão, atuando de maneira independente e mais participativa, mais engajada”, conta Cássia Cunha, consultora da Gathi e responsável pela Secretaria Executiva do Conjus.

Para incentivar esta atuação autônoma, o recurso de R$ 469 mil aprovado junto ao Fundo, além da contratação desta nova assessoria, também será dedicado ao fortalecimento das câmaras técnicas, que são ferramentas importantes para discussão de iniciativas a favor do desenvolvimento local e regional. Para Francisco Oliveira de Souza, presidente da Colônia de Pescadores Z42 e coordenador do Conjus, o momento é um marco na história do município. “Receber esse apoio é muito gratificante, pois a gente vem batalhando há muito tempo para conseguir desenvolver o Conselho em favor do nosso município. A partir de agora, vamos trabalhar junto com a Gathi para que esses recursos sejam bem empregados”, afirma Francisco.

Tripé de Sustentabilidade – O Conjus é parte de uma proposta de modelo de desenvolvimento local incentivada pela Alcoa, presente no município com uma unidade de mineração de bauxita. Conhecida como Modelo Juruti Sustentável, a iniciativa tem se consolidado como referência para outros municípios que também são sede de projetos de grande porte.

O modelo abrange a integração entre o Conselho, o Fundo e os Indicadores de Desenvolvimento. Este último, implementado inicialmente pela Fundação Getulio Vargas, agora está sob a gestão da Secretaria de Planejamento do município, garantindo a medição e acompanhamento do crescimento socioeconômico contínuo da localidade.

O Funjus apoia projetos sociais, econômicos, naturais e ambientais de organizações na região. A Alcoa é a primeira depositária do Fundo, com um investimento total de R$ 6 milhões. O foco de atuação desta fonte de financiamento é o fortalecimento da capacidade produtiva do município com geração de renda (capital econômico), apoiando primordialmente as instituições locais e seguindo um plano de desenvolvimento de longo prazo.

Já os Indicadores de Desenvolvimento, constituem o monitoramento e diagnóstico de um conjunto de aspectos que estão sendo acompanhados em Juruti. A partir de uma “radiografia” do que era o município antes da Alcoa chegar, com base em dados oficiais e por meio de indicadores construídos em conjunto com a comunidade. A matriz é organizada em 28 temas, 78 indicadores e 158 métricas.

Fonte: RG 15/O Impacto e Juliana Gatto

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