Caso Petrobras: Voto de Rosa define rumo de governo e oposição

Uma bifurcação eleitoral se abre diante do voto da ministra Rosa Weber, do STF, a ser proferido hoje (22), sobre o pedido de mandado de segurança feito por senadores da oposição para que a CPI em discussão no Congresso investigue exclusivamente a Petrobras. Caso ela atenda o pedido, a oposição atingirá dois alvos de uma só vez, personificados na presidente Dilma Rousseff e no ex-presidente Lula. Ambos serão cercados por mais e mais perguntas, durante as próximas semanas e meses. Num tema estratégico e emotivo como a maior estatal brasileira, cuja história tem base em lutas populares, ambos seriam empurrados para uma posição defensiva.

Uma bifurcação eleitoral se abre diante do voto da ministra Rosa Weber, do STF
Uma bifurcação eleitoral se abre diante do voto da ministra Rosa Weber, do STF

Não faltarão componentes midiáticos e financeiros no calvário que se projeta, entremeando manchetes pesadas na mídia tradicional e fortes solavancos na Bolsa de Valores de São Paulo. Por todas estas, além do resultado em si de uma investigação deste tipo, tudo o que Dilma e Lula não querem é uma CPI exclusiva sobre a Petrobras.

A titular do STF, por outro lado, pode entender como correta a interpretação de senadores governistas para a Constituição e o regimento do Senado. No pedido de mandado de segurança em resposta à iniciativa da oposição, o que se quer de Rosa Weber é a compreensão de que a CPI tem de agregar, além da Petrobras, investigações sobre o escândalo Alstom-Siemens de distribuição de propinas no governo de São Paulo e, de quebra, obras no porto de Suape, em Pernambuco.

A aceitação desse pedido daria ao governo o antídoto perfeito para o movimento oposicionista, devolvendo sobre Aécio Neves, do PSDB, e Eduardo Campos, do PSB, a carga de interrogações sobre contratos obscuros assinados em São Paulo e em Pernambuco. Ambos sofreriam, assim, um perigoso ataque pela retaguarda.

No rodízio de recepções de pedidos protocolados no STF, a solicitação da oposição poderia ter recaído sobre qualquer um dos onze ministros da corte. O mistério seria menor se, por exemplo, o julgador fosse o ministro Gilmar Mendes ou seu colega Dias Toffoli. Eles são identificados, à distância, com a oposição e o governo, respectivamente, o que levaria ao desfecho mais previsível – em caso contrário, a uma surpresa geral.

Nas mãos de Rosa Weber, a previsão pela que passa na cabeça dela é mais nebulosa. No marco decisório mais recente do STF, Rosa votou durante a AP 470 ora com as teses do relator Joaquim Barbosa, ora com a interpretação do revisor Ricardo Lewandowski. Ao final, alinhou-se com os votos que derrubaram as condenações por formação de quadrilha sobre os réus.

Fonte: Brasil 247

 

Um comentário em “Caso Petrobras: Voto de Rosa define rumo de governo e oposição

  • 22 de abril de 2014 em 10:55
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    Esses ladrões do PT deveriam ser fuzilados em praça pública.

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