Júri condena réu que matou estudante durante “Racha” na Av. Ruy Barbosa
Depois de 25 horas de sessão, em dois dias, os sete jurados do Conselho de Sentença CONDENARAM, por maioria de votos, o réu Felipe de Sousa Bello, 23 anos, por atropelar várias pessoas na parada de ônibus da Avenida Ruy Barbosa com Sete de Setembro, no centro da cidade, em 02.02.2010, quando participava de um “racha” com o corréu Roberto Júnio Mendonça de Oliveira, 26 anos (já condenado ano passado).
O juiz Gerson Marra Gomes aplicou a pena de 07 anos, 09 meses e 10 dias de reclusão em regime semiaberto. Os advogados Igor Célio de Melo Dolzanis, Eliakim Giorgio Ferreira da Silva e José Ronaldo Dias Campos, devem recorrer da sentença.
Os jurados acataram parcialmente a tese do Ministério Público, defendida pelo promotor de Justiça Mário Raul Vicente Brasil, que teve como assistente de acusação o advogado Lenilson Assis, primo da vítima fatal do acidente. Eles condenaram o réu pelo crime de homicídio doloso em relação à Susana dos Reis Lima (20 anos, à época do acidente) e mais um crime de lesão corporal grave (da vítima Zanara Sousa Silva) e o crime de danos materiais. Entretanto, desqualificaram outros dois crimes de lesão corporal para lesão leve (em relação às vítimas Dalila Limeira Araújo e Marlon Halley Figueira Pereira) que acabaram sendo declarados prescritos. Já o crime de lesão leve na vítima Jairo Luis Vinhote, nem chegou a ser quesitado aos jurados e também prescreveu.
IMPACTO: Felipe e Roberto disputavam naquela noite um “racha” em alta velocidade pela avenida que havia sido asfaltada pouco tempo antes. Roberto já foi julgado e condenado no ano passado e cumpre pena no presídio de Cucurunã, mas já teve o benefício da saída para trabalhar fora da cadeia concedido pela Justiça.
A principal testemunha do caso foi o delegado de polícia Germano do Valle, que passava no local e prendeu em flagrante um dos dois motoristas. Roberto dirigia um Fiat Palio e Felipe um Ford KA. Os dois se chocaram e acabaram atingindo as vítimas que aguardavam a passagem de um ônibus, na calçada.
O impacto do acidente foi tão grande que o muro de uma casa foi derrubado e um poste de energia também, deixando o bairro às escuras. Susana faleceu no local e as demais vítimas foram levadas ao hospital, algumas em estado grave, mas todas sobreviveram.
Além da pena que o réu recebeu, ele também foi proibido de dirigir qualquer veículo automotor. Sua carteira foi cassada pelo juiz Gerson Marra Gomes.
A próxima sessão está prevista para terça-feira, 09/09, quando serão julgados Lean Patrick e Geyson Daniel, acusados de matar Diógenes Albuquerque.
Fonte: RG 15/O Impacto e Ascom/TJPA
