Laudo confirma – Água da Lagoa Azul está contaminada

Lagoa Azul de Santarém
Lagoa Azul de Santarém

Depois de colher amostras na “Lagoa Azul” na semana passada, pesquisadores da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) constaram que a água do lago artificial está imprópria para o banho das pessoas. Desde a primeira semana deste mês de julho, milhares de pessoas procuraram a “Lagoa Azul” em busca de lazer e diversão.
Após suspeitar dos riscos que as pessoas estavam correndo ao tomar banho no lago artificial, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) requisitou a pesquisadores da UFOPA, uma análise da qualidade da água. Os pesquisadores foram até o local e coletaram amostras da água do que está sendo conhecido como a “Lagoa Azul”, um tipo de açude localizado no bairro do Amparo, dentro de uma área particular, onde há vários pontos de exploração mineral, que podem ser vistos via imagens de satélite e também a caminho da área. A coleta do material ocorreu no dia 21 deste mês, por uma equipe formada por pesquisadores e técnicos do Laboratório de Biologia Ambiental da UFOPA.
Proceder a caracterização da água quantos aos seus parâmetros de qualidade microbiológicos e físico-químicos foi a meta dos pesquisadores que analisaram alguns parâmetros no próprio local. “Nós analisamos o oxigênio, a temperatura e o PH, porque é importante a aferição deles no próprio local”, disse o pesquisador, doutor Reinaldo Peleja.
Porém, na tarde desta segunda-feira, 28, A Semma recebeu a análise físico-química e bacteriológica sobre a água da “Lagoa Azul”. De acordo com o laudo da Ufopa e a resolução nº 430/2011 do Conama, que complementa e altera a resolução nº 357, de 17 de março de 2005, do Conselho Nacional de Meio Ambiente e a julgar os parâmetros analisados, a amostra de água analisada pela instituição evidencia que a água está em desacordo com os padrões vigentes, apresentando cobre, cromo, níquel e coliformes termotolerantes. Ou seja, a água apresenta coliformes fecais acima do padrão estabelecido pelo Conama. A água, segundo a Ufopa, está imprópria para o consumo e a balneabilidade.
A Semma informou que de imediato vai notificar o proprietário da área para que se proceda o isolamento, já que se trata de uma área privada. Isso deve ser feito o mais rápido possível. A Semma também vai solicitar que o proprietário coloque sinalização de alerta. A Semma também vai solicitar as licenças ambientais do proprietário para a exploração do minério.
Caso a área não seja licenciada ou as licenças estejam vencidas, ele será autuado, responderá a procedimento administrativo e sofrerá sanções aplicadas.
A Semma também vai comunicar ao Ministério Público Estadual (MPE), que deve optar ou não pela investigação criminal.
Fonte: RG 15/O Impacto

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