O machismo nosso de cada dia

O planeta está em constante evolução e neste emaranhado de mudanças nos perguntamos por que é tão difícil para a humanidade compreender e aceitar as mudanças uns dos outros.  Como podemos ser tão arcaicos no sentido de ignorar nossas próprias mudanças e querer escondê-las, mascará-las ou oprimi-las? Essa dificuldade do ser humano em evoluir internamente transforma-o em um ser arrogante para com os outros e para consigo mesmo.

Falaremos aqui de uma única atitude das pessoas que pode influenciar de forma trágica na sociedade como um todo. Vamos falar sobre a dificuldade de aceitar as mudanças das mulheres do mundo inteiro. Sim, porque mulheres no planeta inteiro sofrem pelos mesmos problemas. Pelo fato de que a nossa sociedade não consegue aceitar que evoluímos e estamos ocupando os espaços que antes era ocupado somente pela classe masculina.

O machismo está tão disseminado nos pequenos atos do dia a dia que, por vezes, chega a passar despercebido. E, infelizmente, nem sempre ele parte da classe masculina, mulheres também cometem atos machistas umas com as outras, o que é muito triste. Uma vez que deveriam apoiar-se para juntas avançarem além dos limites a qual são subjugadas.

As agressões partem de dentro de casa para as ruas, os ambientes de trabalho, escolas, academias, locais de descontração e assim, tomam todos os lugares onde há presença feminina. Nas ruas mulheres convivem com atitudes que vão desde cantadas pejorativas a passadas de mão. Os assediadores vêem o corpo feminino como público e passível de opiniões não solicitadas. Mulheres que se ofendem e revidam a cantadas nas ruas são ofendidas de forma ainda mais grosseira, tachadas de vagabundas, metidas, dentre outros insultos.

Diante desta realidade, as mulheres passam a questionar se deveriam sair de casa “mais cobertas” para não chamar atenção, trocar de caminho, mudar de calçada, ir a pé para evitar a superlotação dos coletivos, onde aproveitadores não desperdiçam a oportunidade de passar a mão nas mais variadas partes do corpo feminino, quando não fazem pior. E até mesmo deixar de ir a determinados lugares por medo de ser assediada e agredida física ou verbalmente.

Até quando teremos que conviver com essas situações? Até quando mulheres terão de andar em grupo pelos corredores das faculdades com medo de serem pegas sozinhas em qualquer canto isolado? Até quando andaremos de cabeça baixa nas ruas por intimidação? Até quando mulheres serão tratadas como objetos sexuais? Até quando vamos viver com o paradigma da dona de casa?

Estamos no século XXI e precisamos acabar com essas “regras” incrustadas na sociedade de que não se pode ser dona de sua própria vontade, ser independente e tomar suas próprias rédeas. Mulheres alçaram voos, estão seguindo seus próprios instintos. Evoluam junto, quebrem as algemas, libertem-se dos seus preconceitos e permitam-se ser livres tanto quanto nós almejamos ser!

Fonte: RG 15/O Impacto

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