PM é suspeito de execução em Santarém

Capitão Joselde, coronel Heldson e delegado Nelson convocaram imprensa para falar sobre execução de Ruan Fialho e possível participação de militar
Capitão Joselde, coronel Heldson e delegado Nelson convocaram imprensa para falar sobre execução de Ruan Fialho e possível participação de militar

Desaparecido de sua residência desde a noite de sábado (03), o jovem Ruan Figueira Fialho, de 20 anos, foi encontrado morto na estrada que dá acesso à praia do Pajussara, em Santarém, Oeste do Pará, na manhã de domingo (04). Populares acionaram a Polícia, quando localizaram o corpo com as mãos amarradas, com a boca amordaçada e com marcas de tiros na região da cabeça. Determinando assim que o jovem teria sido vítima de execução.

Após as primeiras informações, a divisão de homicídios, comandada pelo delegado Germano do Vale, iniciou as investigações, que num curto espaço de tempo, já trouxe à tona um possível caso de crime passional, e que tem como principal suspeito um servidor público, militar do Grupo de Operações Especiais da Polícia Militar do Pará.

Com o processo de investigação em estágio avançado, sendo que até o momento já foram ouvidas mais de 20 pessoas, a divisão de homicídios trabalha no sentido de levantar o maior número de informações possíveis, e assim possa concluir o inquérito dentro do prazo de 30 dias, pedindo o indiciamento dos suspeitos.

Coletiva de imprensa: Com o objetivo de repassar maiores informações sobre o caso, a Polícia Civil, Polícia Militar e Corregedoria da Polícia Militar em Santarém, convocaram a imprensa para destacar, que os órgãos estão empenhados em solucionar o crime, e dar uma resposta à sociedade.

“Chegamos à possibilidade de ter um servidor público envolvido. A investigação ainda não está concluída. Não podemos afirmar categoricamente que ele praticou esse crime. Existe uma investigação ampla, e a possibilidade do servidor estar envolvido”, informou delegado Nelson Silva, diretor da Seccional de Polícia Civil.

De acordo com o comandante do Comando de Policiamento Regional 1 (CPR1), coronel Heldson Tomaso, que também participou da coletiva, o policial foi afastado das atividades e espera a conclusão da investigações. “Queremos deixar claro que ninguém está acima da lei. Aquele que cometeu algum delito vai responder como se fosse qualquer servidor, sem distinção. Vamos esperar e ter certeza para adotarmos as providências cabíveis”, informou o comandante do CPR-I.

Já o corregedor da PM, capitão Joselde Barbosa, destacou os procedimentos que devem ser adotados.

“Como o delegado Nelson adiantou, é importante aguardar que a investigação seja feita de forma completa, com elementos robustos. Nós não podemos aqui fazer declarações levianas, ou até mesmo que venha a atrapalhar as investigações que tem sido feita de forma brilhante pelo Delegado Germano. Ele tem se esforçado para colher esses elementos e informações. E ao término dessas investigações, havendo a efetiva participação do servidor público, no caso, um agente público da Polícia Militar do Pará, a corregedoria vai instaurar um processo administrativo”. Disse o Capitão Joselde Barbosa.

Para o delegado Nelson Silva, Diretor da 16ª Seccional de Polícia Civil, as investigações devem ser concluídas antes do prazo, e que além do Policial Militar, outras duas pessoas estão sendo investigadas.

“Ainda é muito cedo para citarmos nomes, no entanto, assim que possível, com o inquérito concluído, vamos divulgar os nomes dos indiciados, e possível participação de cada um, porque ninguém está acima da lei”, informou o Delegado de Polícia Civil.

Por: Edmundo Baía Junior

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *