Planalto anuncia Berzoini para o lugar de Ideli nas Relações Institucionais

Ricardo Berzoini (PT-SP)
Ricardo Berzoini (PT-SP)

O Palácio do Planalto anunciou nesta sexta-feira (28) que o deputado Ricardo Berzoini (PT-SP) vai assumir a Secretaria de Relações Institucionais no lugar de Ideli Salvatti. Apesar de sair das Relações Institucionais,  Ideli Salvatti vai continuar no governo. Ela substitui a ministra Maria do Rosário na Secretaria de Direitos Humanos. Os novos ministros devem tomar posse na próxima terça-feira (1º) às 11h no Palácio do Planalto.

Rosário deixa o cargo para concorrer nas eleições de outubro. Em nota, a presidente agradeceu a “dedicação, competência e lealdade” de Maria do Rosário e diz ter “certeza de que ela continuará dando sua contribuição ao país”.

Berzoini, que já foi presidente do PT,  vai comandar a pasta responsável pela intermediação entre governo e Congresso em um momento delicado para a articulação política, com discussões em torno da criação da CPI da Petrobras e das alianças regionais para as eleições.

Perfil
Natural de Juiz de Fora (MG), Ricardo Berzoini, 54, fez carreira como bancário antes de ingressar na política. Em 1985, ingressou no Sindicato dos Bancários em São Paulo e chegou à presidência da entidade em 1994, sendo reeleito em 1997.

A primeira eleição para cargo político ocorreu em 1998, quando foi eleito deputado federal pelo PT de São Paulo, tendo sido reeleito para o cargo desde então. Em 2003, quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito, Berzoini assumiu o Ministério da Previdência Social. Em 2004, numa reforma ministerial, assumiu o comando do Ministério do Trabalho.

Em 2005, em meio ao escândalo do mensalão, deixou o Executivo para assumir a secretaria geral do PT e, em outubro a presidência do partido, no lugar de José Genoino, um dos denunciados no escândalo. Ele ocupou o comando da legenda até fevereiro de 2010.

Ideli
Ideli assumiu a Secretaria de Relações Institucionais em junho de 2011, em meio à chamada “faxina” promovida por Dilma na Esplanada dos Ministérios, quando vários ministros foram demitidos por denúncias de irregularidades. Antes, ficou seis meses no Ministério da Pesca e Aquicultura.

Ela foi nomeada após a queda de Antonio Palocci da Casa Civil, demitido por suspeitas de enriquecimento ilícito e tráfico de influência, e que naquela época concentrava a articulação política do Planalto.

Durante sua passagem pelas Relações Institucionais, Ideli foi alvo de insatisfações dentro da base de partidos aliados ao governo. Parlamentares reclamavam da baixa liberação de verbas de emendas, de manobras para interferir na agenda do Legislativo, ameaças de retaliação em votações incômodas e dificuldade de diálogo direto com a presidente.

Ainda assim, Ideli colecionou vitórias na aprovação das principais propostas de interesse do governo, como a prorrogação da Desvinculação de Receitas da União em 2011 – mecanismo pelo qual o Executivo pode manejar livremente até 20% de suas receitas anuais -, o Código Florestal e a Lei Geral da Copa em 2012, bem como a destinação de royalties do petróleo para saúde e educação em 2013. Neste ano, conseguiu aprovar o Marco Civil da Internet na Câmara.

Fonte: G1

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