Workshop do HRBA debate Assistência de Urgência e Emergência

Médicos José Guataçara e Ilamara Sousa, com membros que participaram do Workshop
Médicos José Guataçara e Ilamara Sousa, com membros que participaram do Workshop

Com a presença de profissionais e classe acadêmica da área da Saúde, o Hospital Regional do Baixo Amazonas, que é administrado pela parceria Governo do Estado do Pará e Pró-Saúde, deu abertura na terça-feira, 25, ao seu V Workshop que abordou a temática da Assistência de Urgência e Emergência em Santarém, Região Oeste do Pará. O evento iniciou às 9h e teve entre os palestrantes profissionais da Saúde de Santarém, Belém e São Paulo que debateram temas atuais como o resgate aéreo na Amazônia, em Santarém e também sobre acidente de trânsito, acolhimento e classificação de risco, parada cardiorrespiratória, insuficiência respiratória e suporte ventilatório. Além da implantação do Time de Resposta Rápida no HRBA, feita em 2013 e que já apresenta bons resultados no atendimento de pacientes com sintomas ou mesmo em parada cardiorrespiratória.

O médico José Guataçara Gabriel, Coordenador do SAMU da cidade de Belém, e Coordenador do Serviço de Urgência e Emergência do Hospital Metropolitano, na Capital, parabenizou o HRBA pela iniciativa e falou sobre a importância da capacitação para o atendimento imediato até a chegada do socorro especializado. O médico também falou sobre o resgate aéreo na Amazônia. “Nós vamos falar sobre resgate em ambiente de floresta, inclusive até com a situação desse acidente. Vamos falar sobre você estar em um ambiente hostil e ter que tirar da floresta todo material necessário para sobrevida do paciente e também falaremos sobre atendimento de trânsito, principalmente acidente de moto: como acontece, porque acontece e como temos que fazer o atendimento antes de chegar ao hospital”, explicou o médico.

A médica Coordenadora do SAMU de Santarém, Ilmara Sousa, ministrou palestra sobre a diferença entre resgate aéreo e transporte aeromédico, com ênfase na experiência da aeronave do Grupamento Aéreo de Segurança Pública do Pará (Graesp). “É importante saber a diferença entre o transporte e o resgate aéreo, que são coisas bem diferentes. Há aproximadamente um ano nós já realizamos os dois procedimentos aqui na região, principalmente atendendo pessoas carentes e que necessitam do serviço gratuitamente, enfrentamos algumas dificuldades, às vezes por falta de homologação das aeronaves, às vezes por falta de conhecimento das pessoas que chamam o resgate aéreo e deveria ser o transporte”, enfatizou a médica, após citar que no resgate o paciente ainda não recebeu nenhum atendimento médico enquanto que no transporte os pacientes já receberam cuidados e precisam de um centro de maior complexidade.

A Diretora de Enfermagem, Daniela Mengon, explicou que o TRR existe no HRBA há um ano e após sua implantação os atendimentos passaram a obedecer um tempo entre 5 e 15 minutos. “Há um ano nós instalamos aqui o Time de Resposta Rápida, que é o time que atende pacientes internados ou transeuntes, pessoas que circulam pelo hospital. O time fica à disposição, através de rádio e assim que acionado ele atende o paciente, há os códigos, no caso azul é o código de parada e em cinco minutos a equipe deve fazer o atendimento e o código amarelo, onde o paciente tem algum sintoma que pode levar a uma parada e a equipe tem 15 minutos para atender o paciente” ,informou a Diretora.

De acordo com a Coordenadora do Time de Resposta Rápida (TRR), Enfermeira Vanja Kzan Colares Neves, a equipe é composta por uma equipe multiprofissional, (médico, enfermeiro, técnico de enfermagem e fisioterapeuta), que estão treinados e capacitados para atuar em setores não críticos (clínicas, recepções, área de imagem e diagnóstico, laboratório,, áreas de apoio e administrativas do HRBA). “Nós vamos falar sobre os atendimentos na urgência e emergência e serão ministradas palestras e mini-cursos sobre parada cardiorrespiratória, resgate aéreo, terrestre, atendimento, pré e hospitalar e a realidade da implantação do TRR que nós queremos expandir na região”, complementou a coordenadora após informar que em dezembro foram realizados 25 atendimentos de paradas cardiorrespiratórias, destes atendimentos, 23 pacientes conseguiram reverter o quadro crítico devido o comprometimento de toda a equipe do HRBA.

Entre as orientações dadas durante os treinamentos, a metodologia para verificação da pulsação, respiração e o estado de inconsciência do paciente foram priorizados. “Nós realizamos vários treinamentos para vários setores do HRBA e priorizamos esses treinamentos por acreditar que é importante que todos os colaboradores saibam identificar o início de uma parada cardiorrespiratória e possam dar um primeiro atendimento até que o time chegue”, complementou a coordenadora que atua com uma equipe multiprofissional composta por 28 pessoas entre enfermeiros, técnicos de enfermagem, médicos e fisioterapeutas.

O Diretor Geral do HRBA, Hebert Moreschi, falou sobre a experiência inovadora do HRBA de implantar o TRR e realizar um workshop com temas tão diversificados como o acolhimento do paciente de urgência e emergência. “É impossível falarmos em qualidade da assistência sem que o aspecto segurança do paciente não seja priorizado. O HRBA é um hospital de média e alta complexidade e atende a pacientes graves. Nosso Time de Resposta Rápida foi implantado há um ano e vem apresentando excelentes resultados. É importante compartilharmos essa experiência de sucesso com outros serviços e saúde. Além disso, pudemos contar com a presença de profissionais que são referência no atendimento de urgência e emergência que repassaram o seu conhecimento às equipes de saúde do HRBA e Oeste do Pará”, concluiu Hebert.

Fonte: RG 15/O Impacto e Ascom/HRBA

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