Morre terceira vitima de incêndio criminoso do Santarenzinho
Trinta e quatro dias depois do registro de um incêndio criminoso, em uma residência no bairro do Santarenzinho, em Santarém, Oeste do Pará, morreu na manhã desta quinta-feira, 26, no Hospital Metropolitano, em Belém do Pará, a terceira vítima da sabotagem, o menino Edson Felipe Gonçalves da Cunha, de 04 anos.
Ele havia sido transferido para Belém, no dia 6 deste mês, após ter sido diagnosticado com queimaduras em aproximadamente 50% do corpo. O estado de saúde dele era considerado grave. Edson ficou internado por 33 dias lutando por sua vida. Edson é a terceira vítima que veio a óbito. Até o momento ninguém foi preso.
Além de Edson, a adolescente Jennifer Larissa Sousa da Cunha, de 14 anos, que estava entre as cinco vítimas do incêndio, que ocorreu na madrugada do dia 22 de fevereiro, no Santarenzinho, morreu por volta de 9h40 do dia 24 do mês passado, no Hospital Municipal de Santarém (HMS). A menina sofreu queimaduras de 2º grau e 3º grau em 90% do corpo.
Já matriarca da família, Edileuza de Sousa Cunha, de 40 anos, morreu na madrugada do dia 01 deste mês, no Hospital Municipal de Santarém (HMS). Ela havia sido internada no dia 22 de fevereiro, vítima do incêndio criminoso, no Santarenzinho. Edileuza não resistiu aos ferimentos e foi a óbito. Sofreu queimaduras graves em 70% do corpo. De acordo com o HMS, a mulher sofreu falência múltipla dos órgãos. Foi a segunda vítima do incêndio que morreu após ter sido internada.
Os familiares informaram que no dia do crime, foram levados ao hospital em estado grave: Edileusa Sousa da Cunha, de 35 anos; Larissa Souza da Cunha, 15 anos; Breno Paulo Matos Maciel, 19 anos; David Luan Souza da Cunha, 16 anos e Edson Felipe Gonçalves da Cunha, de 4 anos.
Outras duas vítimas do incêndio criminoso permanecem internadas: Davi Sousa Cunha, de 22 anos e Breno Paulo Matos Maciel, de 19 anos.
INVESTIGAÇÃO: Os dois principais suspeitos pelo incêndio criminoso foram liberados pela Justiça. No dia 23 de fevereiro, a Polícia Civil prendeu Flávia da Cruz Costa e seu cunhado, Delson Rodrigues, ambos apontados por testemunhas como os principais suspeitos do crime. Flávia negou o crime, mas ainda assim foi levada ao presídio de Cucurunã. Como a Polícia encontrou com Delson Rodrigues um revólver, ele foi preso também por porte ilegal de arma de fogo. Porém, no dia 24 de fevereiro, a Justiça soltou Flávia da Cruz e, no sábado, dia 28 de fevereiro, Delson Rodrigues, que só estava preso por porte ilegal de arma de fogo, também foi solto pela Justiça.
O Alvará de Soltura de Delson Rodrigues foi entregue por sua advogada, ao diretor da Penitenciária de Cucurunã. Após a liberação de Delson Rodrigues, ninguém está preso pelo incêndio criminoso que deixou a população santarena revoltada.
A Polícia Civil informou que Flávia da Cruz foi presa em flagrante, mas ela negou participação no crime. A Polícia revelou que a motivação do crime pode ter sido por causa de briga entre famílias envolvidas com o tráfico de drogas.
Fonte: RG 15/O Impacto
