Ophir Cavalcante empossa diretoria da OAB em Altamira

Foram empossados os advogados OTACÍLIO LINO JUNIOR (Presidente), JOAQUIM FREITAS NETO (Vice), que estava ausente para tratamento de saúde em São Paulo; FRANCINEIDE AMARAL (Secretária-Geral), RICARDO BARBOZA (Secretário-Adjunto) e MAISSARA DARWICH (Diretora-Tesoureira), para o triênio 2013/2015.
Além de Ophir Cavalcante Junior (Presidente do CFOAB), também prestigiaram o evento os Drs. Roberto Busato (Ex-Presidente do CFOAB), Avelina Hesketh (Ex-Presidente da Seccional do Pará) e os ex-conselheiros seccionais Evaldo Pinto, Acreano Brasil, Ismael Moraes e Edgar Medeiros, que foram homenageados pelos advogados e advogadas de Altamira.
Também receberam homenagens da Diretoria da Subseção os Excelentíssimos Srs. Drs. Sérgio Frazão do Couto, Ângela Salles, Osvaldo Serrão, Valena Jacob, Almyr Favacho, Mario Freitas, Mario Paiva, Jorge Medeiros, Guilherme Henrique Lobato, Kleverson Rocha, Raphael Vale, Joseane Maria da Silva, Vladimir Koenig, Leonardo Pinheiro, Mauro Santos e Carla Brasil Monteiro, por toda a luta em defesa dos direitos da Subseção de Altamira.

O presidente reeleito, Dr. Otacílio Lino Junior, em seu discurso de posse, rememorou a história de fundação daquela Subseccional, dizendo que há quase trinta anos, Altamira era ainda uma região de fronteira, inóspita, perdida nos confins da Amazônia. Carente de comunicações, afastada dos centros diretivos do poder, era pouco mais do que uma terra de pioneiros.
Em certa ocasião, um jovem e brilhante Advogado, escorraçado de uma Delegacia de Polícia à ponta de baionetas intuiu da indispensabilidade da presença institucional da ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL, como forma única de garantir o respeito e intangibilidade profissional àquele pequeno grupo de heróis que aqui labutavam no Direito.
Organizaram-se, pleitearam, receberam a ressonância positiva do Conselho Seccional e terminaram por criar a segunda Subseção da Ordem no Estado do Pará.
Nos tempos mais negros, na aura dos desmandos, também aqui foi a OAB o porto distintivo a que recorreram os atacados, os perseguidos, os amedrontados.
Diz o presidente empossado que, “se medíssemos a importância de uma Subseção pela quantidade de seus membros, bem poderíamos dizer que a responsabilidade, o critério e a coerência sempre desveladas fizeram com que nossa Instituição, a nível regional, adquirisse uma respeitabilidade desproporcional ao seu tamanho. Sim, por natureza órgão classista, jamais fugimos ao embate quanto ao estabelecimento e manutenção das sagradas prerrogativas da profissão de Advogado, protestando sempre pela necessidade de aperfeiçoamento do aparelho judiciário”.
Dr. Otacílio Lino prosseguir dizendo que “Povo afeito a estereótipos, comemoramos o decréscimo da pobreza, ainda que se o tenha feito através do mecanismo simplista – e sem auto sustentação – da transferência de renda, situação em que um apagão econômico como o visto nas maiores economias do mundo bem poderá fazer com que, ao invés de distribuirmos riquezas, tenhamos de socializar a miséria. Saudamos a universalização da educação. Universalização de uma educação de baixa qualidade, que ” proíbe ” a repetência, que ” proíbe ” o despreparo, e que, logo, ” proibirá ” o analfabetismo. Mais atenta em índices e coeficientes do que em disseminação do conhecimento. Sem atenção ao descompasso entre sermos uma das maiores economias do mundo, com um IDH de matizes cada vez mais terceiromundistas, na prática ” salgando o chão “, e fechando as portas do futuro. Sistemas e programas de saúde disseminam-se, reproduzem-se, sobrepõem-se, tudo a um custo exponencialmente bilionário, que têm garantido não mais do que o direito ao parto no chão ou morrer na fila. No campo institucional, o Brasil se encontra em um histórico ponto de inflexão.” LEI DA FIXA LIMPA ” e ” JULGAMENTO DO MENSALÃO ” são episódios sinalagmáticos na história da República. Mas que por si só não fazem frente à institucionalização e oficialização da corrupção, hoje incrustrada, quando não celebrada, no âmago do aparato estatal.
A SUBSEÇÃO DE ALTAMIRA DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL continuará sem coadunar, sem pactuar, sem se vergar. Manter-nos-emos fiéis à herança jacente em nossa história, sendo a Casa e o abrigo do Advogado. Porque para isso nascemos. E como “o cego que só pede luzes, o pequeno que só fita os Andes”, não nos apequenaremos quando o império das circunstâncias obrigar-nos a elevar a voz em defesa do Direito e da Justiça. Porque este é o nosso destino”.
Fonte: RG 15/O Impacto