Médico alerta para grande índice de acidentes em Santarém

O alto índice de acidentes de trânsito envolvendo motocicletas em Santarém preocupa os médicos do Pronto Socorro Municipal
O alto índice de acidentes de trânsito envolvendo motocicletas em Santarém preocupa os médicos do Pronto Socorro Municipal

O alto índice de acidentes de trânsito envolvendo motocicletas em Santarém preocupa os médicos do Pronto Socorro Municipal (PSM), pela complexidade das vítimas. Por volta de 7h40, de quarta-feira, 10, cinco pessoas foram vítimas de um acidente que aconteceu na rotatória da rodovia Santarém-Cuiabá (BR-163) com a Avenida Moaçara, no bairro da Esperança, envolvendo um carro de passeio e duas motocicletas.

Entre as vítimas, Raimundo Ronaldo dos Santos Sousa e Josué Gomes Pantoja, ambos condutores das motocicletas e moradores de Belterra, foram socorridos por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e continuam internados em estado grave no PSM. Um deles, passou por tratamento na sala de sutura e o outro na sala de Raio-X.

Por conta do acidente uma grande fila de carros se formou na BR-163. Inspetores da Polícia Rodoviária Federal (PRF) com apoio de homens do Exército estiveram no local, com o intuito de manter a ordem e averiguar as causas do acidente.

Populares informaram que o carro de marca FIAT, modelo Way, cor prata, placas ITM-3170, da cidade de Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, trafegava em direção ao planalto santareno quando foi surpreendido pelas motocicletas, no momento em que tentavam manobrar pela rotatória para entrar na Avenida Moaçara. Uma delas de marca Honda, modelo Bros, cor preta, placas NAT-1300, da cidade de Mucajaí, Roraima e a outra de marca Honda, modelo Titan. Com o impacto da batida, a frente do carro ficou totalmente danificada. As cinco vítimas foram socorridas por uma equipe do Samu. Três foram liberadas pela equipe médica e dois homens continuam em grave estado de saúde no PSM.

Segundo o chefe de fiscalização da Polícia Rodoviária Federal (PRF), inspetor Jailson Silva, uma motocicleta que seguia na Avenida Moaçara sentido BR-163, invadiu a preferencial na rotatória e acabou ocasionando o acidente que envolveu um carro que seguia na rodovia sentido 8º BEC e outra motocicleta que seguia na BR-163, sentido Santarém.

MÉDICO SE PREOCUPA COM ÍNDICE DE ACIDENTES: Para o médico Júlio César Imbiriba, deve haver uma política de orientação, contenção e, principalmente, de esclarecimento do perigo do uso da motocicleta, que na sua opinião, é um veiculo que deixa o condutor totalmente exposto a qualquer tipo de perigo. Os acidentes, segundo ele, superlotam o Hospital Municipal, onde somente na quarta-feira, 10, sete pessoas deram entrada e permanecem internadas, vítimas de desastre de motocicleta, inclusive, com perdas de membros, risco de morte, entre outros problemas.

“Isso deve ser analisado pelo ponto de vista social também e não somente hospitalar, para ver o que se pode fazer, porque está ultrapassando os limites da capacidade operacional do Hospital Municipal”, alerta o médico.

De acordo com Dr. Júlio César, em tempo recorde, na quarta-feira houve dois acidentes na BR-163, com dois pacientes gravíssimos, com perda de tecido ósseo e sangramento importante, vítimas de motocicletas. Ele exclama que os problemas ocasionados por motocicleta é uma situação terrível e, que deve haver uma reavaliação de toda a comunidade referente a essa situação.

“Isso onera o poder público e prejudica famílias saudáveis. Isso porque os prejuízos caem também em cima da Previdência Social, que nós pagamos e sustentamos. Todos esses acidentes estão virando um caso de saúde pública, isso não tenho a menor dúvida, até porque eu perdi um filho também em acidente de motocicleta”, lembra o médico, recomendando que deve ser feita uma análise profunda de todos os representantes da sociedade, no sentido de fazer uma ação para coibir esse terror que está acontecendo em Santarém.

“Nesta semana está acontecendo tanto acidente, que está fugindo do terror diário. São acidentes graves que deixam a vítima com incapacidade para o futuro”, analisa Dr. Júlio César Imbiriba.

Por: Manoel Cardoso

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