Consumidor reclama de alta no preço de produtos natalinos

A pouco menos de duas semanas para o Natal, a comemoração mais aguardada esse ano será mais salgada, pois a busca pelos produtos da ceia de Natal irá mexer com o bolso da população de Santarém, Oeste do Pará. Os consumidores que estão antecipando as compras em supermercados, achando que vão conseguir um produto barato se deparam com o preço alto dos itens que fazem parte da ceia de Natal.
Entre os produtos da ceia natalina que teve alta no preço estão as frutas cristalizadas, castanhas, panetone, peru e pernil, os quais fazem parte da tradicional cesta natalina e, que já estão com aumento relativo em vista da mesma época em 2013.
“Fui ao mercado no último fim de semana com minha esposa Mariana e me deparei com alguns produtos mais caro. Um deles foi o quilo do peru que está acima do que esperávamos. Toda ceia de Natal minha família se reúne com amigos, e cada um prepara um prato. Este ano vamos fazer um pernil assado com passas, mas os itens para compor o prato está com o preço acima do esperado”, relatou o empresário Júlio Sheller.
Em 2014, milhares de consumidores estão amargando os altos preços dos ingredientes que compõem essa tradição, principalmente as frutas importadas. Alguns itens chegam a ter reajustes acima de 20%. A constatação é do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos), em pesquisa do gênero realizada este ano.
O Dieese no Pará vem acompanhando desde a segunda quinzena do mês de novembro a trajetória de preços dos principais produtos de época, através de pesquisas semanais. Nelas são levantados preços de quase 100 produtos entre bebidas, panetones, motivos em chocolate, entre outros produtos para ceia natalina, com destaque para as frutas (tanto nacionais como importadas).
A pesquisa tomou como base os preços de frutas de época (nacionais e importadas) vendidas nas maiores redes de supermercados da Região Metropolitana de Santarém. No primeiro levantamento, ainda em novembro, a quantidade de produtos ainda era pequena. Pesquisadores comprovaram que mesmo com um número maior de produtos à disposição dos consumidores na segunda rodada da pesquisa, a tendência foi de alta.
Entre as frutas de época vendidas nos supermercados com maiores reajustes de preços nos últimos 12 meses estão: maçã argentina, com alta de 42,39%; passas escuras sem semente, 41,66%; ameixa seca com caroço, 28,09%; nectarina, 27,69%; pêssego nacional, 26,40%; maçã verde importada, 26,15%; pêra red, 22,54%; ameixa fresca importada, 20,87%; amêndoas com casca, 17,66%; tâmara importada, com alta de 9,64%; uva Thompson vermelha, 8,72%; pêssego fresco chileno, 7,58%; maçã nacional, 6,96%; e a pêra D’anjur importada, 4,38%. Todas as frutas são vendidas a quilo, com exceção da amêndoa com casca e a tâmara importada, ambas vendidas em pacotes de 200 gramas cada.
Outras frutas de época também estão com preços elevados, como as nozes com casca, que varia de R$ 15,80 a R$ 19,80; o figo importado (kg) está custando, em média, R$ 19; o quilo do damasco fresco é vendido a R$ 20,10 e a cereja fresca, em média, a R$ 39.
Também nos últimos 12 meses, poucas frutas de época pesquisadas apresentaram quedas de preços. As mais expressivas foram: melão amarelo (kg), com queda de 5,26%; e a uva branca Itália, com queda de 5,11%.
Por: Sabrine Dalazen
Fonte: RG 15/O Impacto