JÁ VEM AÍ A REELEIÇÃO 2016
Outro dia um membro da confraria do Choop do CR TURIANO MEIRA me perguntou se eu já sabia que o atual prefeito de Santarém viria para a reeleição. Eu lhe respondi dizendo que ainda não sabia, mas era provável que sim. E continuei, dizendo que, geralmente o critério para escolha dos candidatos à eleição, nos partidos políticos, é a sua liderança. E como em Santarém, vivemos uma crise de lideranças políticas, creio que lá no partido do atual Prefeito não tem outra forma de escolha já que ele é detentor de mandato eletivo, portanto, é possível que sim. É um direito que lhe assiste. Embora, entenda que ainda é muito cedo, pois a política é dinâmica, muda do dia para a noite, disse-lhe.
Lançou-me, então, outra pergunta será que ele se reelege? Respondi-lhe que quando isso já era outra questão, mas que era bem possível que sim. Lançou-me outra, já meio exaltado. Mas com todo esse abandono da cidade, essas buraqueiras, agora lamaçal nos quatros cantos da cidade, no tempo da chuva, cadê a operação verão? Um descaso total? É uma verdadeira avacalhação!
Disse-lhe, então, com tudo isso mesmo. Pois o povo brasileiro não vota no programa do partido político, não vota nem no partido político, a grande maioria vota pela circunstância, pela conveniência. E os políticos sabem muito bem disso. Tanto que eles se elegem já pensando na reeleição. E a tática é a mesma do Oiapoque ao Chuí não trabalham em benefício do povo, nos três primeiros anos do mandato. Deixam para trabalhar no último ano. No último mês, na última semana, no último dia do mandato, antes da reeleição trabalham dia e noite! Porque sabem que dá certo.
Quanto mais próxima a eleição é o que eleitor lembra. É o que o povo está vendo, está mais visível aos olhos e a memória, o povo vê e logo esquece os sofrimentos dos anos anteriores. Esquece da fila dos postos de saúde, da falta de medicamentos. Esquece da falta de água, de luz, da falta de cobertura e das paradas dos ônibus, da fila nos centros de atendimentos sociais, do pronto socorro municipal, da poeira no verão, do lamaçal e buraqueira no inverno, da falta de merenda escolar, do transporte escolar, da reforma das escolas, dos centros comunitários e dos agentes comunitários de saúde, esquece do descaso da Praça Tiradentes, da vila Arigó, do porto do DER e da Vera Paz.
Esquecem da Ponte do Irurá, do Urumari, do Mapiri, do observatório do Mapiri, do Mirante, da Casa de Cultura, do Museu e anfitetro Joaquim Toscano (avô do Prefeito), do abandono das nossas praças, principalmente a da Matriz e a do Relógio, da falta de agentes de trânsito no centro comercial, do “fedor” do chamado Belo Centro, nas imundícies nos mercados, da sujeira da praia do maracanã, e de Alter do chão e a sujeira das praias da Orla de Santarém, dos mercados e das feiras, como a da Cohab e a do Aeroporto velho (que não são vistas pela TV da Vigilância sanitária).
Aí sim, nesse último ano, não falta nada. É motor de luz pra cá, caixa d’água pra ali, um micro sistema de água acolá. Um ramal para uma comunidade do planalto que não pode nesses anos anteriores escoar sua produção, a Translago, o conserto de uma escola, a construção de um barracão comunitário.
É um tal de “fechar” com associação, com a comunidade. É uma “rabeta”, pra outros dali. E é aquela fila dos “ditos líderes” de bairros, de comunidades, que chegam no comitê do candidato dizendo “eu tenho tantos votos”. E assim repetem o mesmo “esquema” dos anos anteriores. Além de ainda terem os chamados “cabo eleitorais”, mesmo que vençam não serão promovidos, continuarão sendo cabo. E chegam até o dia da eleição e o resultado das urnas vem confirmar o que já era previsível.
A vitória do caixa 2. Vitória de quem teve mais dinheiro para fazer “acertos e acordos”. E a vitória da Máquina administrativa dizem até no jargão político de que quem está no poder, “só perde eleição, se for muito “égua”. E mesmo tendo a fiscalização da Justiça Eleitoral eles ainda burlam a fiscalização e continuam comprando votos, principalmente nas periferias no dia da eleição e nos interiores do Município.
A persistir o comportamento dos brasileiros e, obviamente, dos santarenos, de vez que não há outra mudança à vista, em vista, nem ocorrida, só nos resta aturar mais essa reeleição, se ocorrer, com mais um mandato ao atual prefeito de Santarém. Mas que Nossa Senhora da Conceição e Nossa senhora do Desterro nos Salve!.
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