Portos de Santarém estão abandonados

O abandono de dois importantes portos de Santarém, do D.E.R. e da Vila Arigó, em Santarém, no Oeste do Pará, revolta proprietários de embarcações e donos de empresas do ramo de transportes de cargas. A falta de estrutura dos portos chama atenção de quem chega ao local. Nos dois portos, grande fluxo de cargas e pessoas se deslocam diariamente indo e vindo para cidades vizinhas por meio fluvial.

Mato, lama e lixo transformaram os portos da Vila Arigó e do D.E.R. em um péssimo cartão postal de Santarém
Mato, lama e lixo transformaram os portos da Vila Arigó e do D.E.R. em um péssimo cartão postal de Santarém

Por conta da falta de estrutura, o transporte fluvial, que segundo especialistas, é a vocação natural de Santarém, revolta dezenas de pessoas, devido o descaso dos governos Municipal e Estadual. Quem precisa transportar mercadorias via fluvial, enfrenta dificuldades para embarcar e desembarcar sobre rampas inadequadas, sem segurança, nem dignidade.

No Porto do D.E.R. estivadores enfrentam dificuldades para trabalhar com mercadorias que chegam freqüentemente em embarcações à Santarém, trazendo diversos produtos para abastecer o mercado local, como gás de cozinha, trigo, arroz, feijão, vestuário, bebidas, entre outros.

Além dos problemas de operação portuária, balsas e um trator abandonado em terreno no Porto do D.E.R. tem virado “abrigo” para o mosquito da dengue, segundo moradores do bairro da Prainha. Na área, há alguns veículos sem funcionamento e em péssimo estado. Os moradores reclamam de acúmulo de água, sujeira e do mato alto no local. A preocupação é com a proliferação do mosquito da dengue e com surgimento de animais peçonhentos como ratos e cobras.

Placa informado sobre o porto está sendo coberta pelo matagal
Placa informado sobre o porto está sendo coberta pelo matagal

Já o Porto da Vila Arigó, no bairro da Prainha, parece que não faz parte de Santarém. Desde o governo do PT, na época da Maria do Carmo, que o local foi esquecido pelo Poder Público, de acordo com moradores. Eles denunciam que no governo Von, não se viu nenhuma ação para revitalizar aquele espaço que possui inúmeros estabelecimentos comerciais e tinha tudo para ser um ponto de fortalecimento da economia santarena.

A falta de infraestrutura do Porto da Vila Arigó preocupa a população. Mato, lixo e inúmeras poças de lama dificultam o trabalho de dezenas de estivadores e demais pessoas que utilizam o local para embarque e desembarque de cargas.

Os moradores da área revelam que o problema é antigo e, eles cobram providências do poder público. O Porto da Vila Arigó funciona de forma improvisada, o que não reflete a importância que tem para a economia do Município, uma vez que o local concentra muitas embarcações como as balsas que fazem o transporte de materiais para a construção civil.

“No inverno e verão é a mesma coisa. Esse movimento intenso de descarregamento de materiais e a comunidade nos cobra uma organização melhor e a gente tem telefonado para os órgãos responsáveis, mas temos que cobrar mais para melhorar esse movimento de carga e descarga no porto. A gente está conversando com o Secretário sensibilizando, dizendo que queremos urgente isso, porque é um problema a trafegabilidade de carros pesados. Então, queremos uma estrutura melhor para aguentar esses carros aqui”, explica o presidente do Centro Comunitário do bairro, Jucenil Bentes.

Para quem tem alguma embarcação, como o comerciante Aloísio Corrêa, a dificuldade é conseguir uma vaga para ancorar, por conta da falta de organização do porto. “Meu barco para no meio das balsas que estão se quebrando tudo”, conta.

ABANDONO: Cais deteriorado, mato, lama e muitos buracos. São essas as principais reclamações das pessoas que freqüentam o Porto da Vila Arigó, no bairro Prainha em Santarém. De acordo com os moradores e comerciantes que reclamam do abandono do lugar, muitos acidentes já foram registrados por conta dos problemas. Com a subida do nível dos rios Amazonas e Tapajós surgem velhos problemas. As embarcações atracam na estrutura desgastada do cais e a destruição é inevitável. Valas surgem e são preenchidas por lixo e lama.

“Com uma obra inacabada que nunca foi concluída, só fizeram e piorar a situação das pessoas que vivem aqui, colocando em risco a saúde e segurança de todos. Eu acho que esqueceram que a Vila Arigó faz parte de Santarém”, reclama o empresário Joaquim Cardoso.

O abandono é grande para esse dois portos, que transformam o local em um péssimo cartão postal de Santarém, principalmente o Porto da Vila Arigó, que quando foi iniciada sua obra vários empreendimentos começaram a surgir no local, como bares e restaurantes, sendo que todas as noites centenas de pessoas frequentavam esses locais. Porém, com o abandono da obra, mato lixo e lama foram tomando conta do lugar, os comércios foram fechando, só restando poucos que ainda acreditam e um milagre de que a obra será concluída. Mas, aquelas pessoas que conhecem do assunto, sabem que está muito difícil essas obras terminarem.

Muitos moradores questionam e perguntam: Cadê nossos políticos, que na época de campanha visitam esses locais, mostrando plantas das obras e dizendo que aqui será o futuro da cidade? Mas a realidade é outra, após a eleição todos desaparecem e só vão voltar em 2016, quando teremos campanha para Prefeito e vereadores. Chegou a hora da população se unir e banir da vida pública esses políticos interesseiros, que só pensam em legislar em causa própria.

Por: Manoel Cardoso

 

Um comentário em “Portos de Santarém estão abandonados

  • 2 de abril de 2015 em 11:39
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    A culpa é de voce mesmo nao reclame. Quem escolheu seu gestor foi voce. Quem escoheu politico de fora para te representar foi voce. Agora aguente a dor sem reclamar.

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